A ETERNA VERDADE DE DEUS
A causa da
degradação atual
Deus
deseja que Seu povo peculiar pregue a doutrina do segundo advento. Devem
trabalhar com o único propósito de despertar o povo ao preparo para o juízo.
Deus
deseja que Seu povo peculiar procure acordar os que professam a religião, para
a verdadeira esperança, e levá-los a sentir a necessidade de uma experiência
cristã ais profunda. E trabalhem, também, para acordar os não-conversos ao
dever de imediato arrependimento e conversão a Deus.
Todos
os cristãos devem regozijarem com a perspectiva da vinda de Cristo. O objetivo
de cada cristão deve concentrar-se no desejo de converter almas a Deus,
cientificar o mundo do juízo vindouro e induzir o povo a fazer o preparo de
coração que os habilitarão a encontrar-se com Deus em paz.
Líderes
e dirigentes religiosos estão desejando suprimir a verdade de Deus, e também
estão negando a seus membros o privilégio de buscar a verdade, estão negando os
membros o direito de pesquisarem as profecias.
Há
uma assinalada mudança nas igrejas hoje, há uma conformação cada vez maior,
gradual mas constante, com as práticas e costumes do mundo, e bem assim um
declínio correspondente na verdadeira vida espiritual.
Não
há despertamento nem conversões, tampouco se evidencia crescimento em graça por
parte dos que professam a religião. Ninguém fala a respeito de salvação de
almas.
Com
o prosperar dos negócios e as brilhantes perspectivas do comércio e da
indústria, aumentou o espírito de mundanismo. Nota-se a falta quase universal
de influência revivificadora nas igrejas. A apatia espiritual invade quase
tudo, e é terrivelmente profunda.
Quase
que geralmente os professos cristãos estão se tornando seguidores da moda, dão
mãos aos descrentes nas reuniões de prazer, nas festas. Estão se degenerando
lamentavelmente.
Nunca
testemunhamos declínio religioso tão generalizado como no presente.
Na
história do povo judeu no tempo de Cristo - Pelo apego ao mundo e esquecimento
de Deus e Sua Palavra, tornou-se-lhes obscurecido o entendimento, e o coração
mundano e sensual. Daí estarem em ignorância quanto ao advento do Messias e, em
seu orgulho e incredulidade, rejeitarem o Redentor. Mesmo assim, Deus não
privou a nação judaica do conhecimento das bênçãos da salvação, ou de participar
delas. Aqueles, porém, que rejeitaram a verdade, perderam todo o desejo do dom
do Céu. Tinham “posto as trevas pela luz, e a luz pelas trevas”, até que a luz
que neles estava se tornou em trevas; e quão grandes eram as trevas!
Convém
à política de Satanás que os homens conservem as formas da religião, embora
falte o espírito da piedade vital. Depois de terem rejeitado o evangelho, os
judeus continuaram zelosamente a manter seus antigos ritos; preservavam com
rigor o exclusivismo nacional, ao mesmo tempo em que não podiam deixar de
admitir que a presença de Deus não mais era entre eles manifesta. A profecia de
Daniel apontava tão insofismavelmente para o tempo da vinda do Messias, e tão
diretamente lhes predizia Sua morte, que eles desanimavam o estudo dessa profecia,
e finalmente os rabis pronunciaram a maldição sobre todos os que tentassem uma
contagem do tempo. Em sua cegueira e impenitência, o povo de Israel tem
permanecido, por mil e novecentos anos, indiferente ao misericordioso
oferecimento de salvação, despreocupado das bênçãos do evangelho como solene e
terrível advertência do perigo de rejeitar a luz do Céu.
Onde
quer que exista causa idêntica, os mesmos efeitos se seguirão. Aquele que
deliberadamente abafa as convicções do dever, pelo fato de se achar este em
conflito com as tendências pessoais, perderá finalmente a faculdade de
discernir a verdade do erro. Obscurece-se o entendimento, a consciência se
torna calejada, o coração endurecido, e a alma se separa de Deus. Onde a
mensagem da verdade divina é desdenhada e tratada levianamente, ali a igreja se
envolve em trevas; esfriam a fé e o amor; entram a separação e a discórdia. Os
membros da igreja centralizam seus interesses e energias em empreendimentos
mundanos, e os pecadores se tornam endurecidos em sua impenitência.
A mensagem do primeiro anjo
de Apocalipse 14, anunciando a hora do juízo de Deus e apelando para os homens
a fim de O temer e adorar, estava destinada a separar o povo professo de Deus das
influências corruptoras do mundo, e despertá-lo a fim de ver seu verdadeiro
estado de mundanismo e apostasia.
Se recebermos a mensagem do
Céu. Se humilharmos o coração perante o Senhor, buscando com sinceridade o
preparo para estarmos em pé em Sua presença, o Espírito e poder de DEUS
manifestar-se-á entre nós. Somente assim, o povo professo de DEUS atingirá o
bendito estado de unidade, fé e amor, que houve nos dias apostólicos, em que
“era um o coração e a alma” dos crentes, e anunciava com ousadia a Palavra de
DEUS.
Pelo apego ao mundo e
esquecimento de Deus e Sua palavra, torna-se obscurecido o entendimento, e o
coração mundano e sensual.
Muitos estão em ignorância
quanto ao advento do Messias e, em seu orgulho e incredulidade, rejeitam o
Redentor.
Aqueles que rejeitam a
verdade, perdem todo o desejo do dom do Céu.
Convém à política de Satanás
que os homens conservem as formas da religião, embora falte o espírito da
piedade vital.
Devemos
varrer o orgulho e a conformação ao mundo.
Muitos
estão desanimando o estudo das profecias. Multidões estão confiando
implicitamente nos líderes e recusando a ouvir a advertência de Deus, e outros
ainda que convictos da verdade, não ousam confessá-la para não serem “expulsos
da igreja”.
Quão
grande é o número dos que põe a afeição neste mundo ao invés de em Cristo. Os
laços que os ligam à terra, mostram-se mais fortes do que as atrações ao Céu.
Preferem ouvir a voz da sabedoria mundana, e desviam-se da probante mensagem da
verdade.
Rejeitando
a advertência do primeiro anjo, muitos estão desprezando os meios que o Céu
provia para a sua restauração. Devem corrigir os males que os separam de Deus.
Muitos
preferem com maior avidez a amizade do mundo – Eis aí a causa da terrível
condição de mundanismo, apostasia e morte espiritual.
No
Capítulo 14 do Apocalipse, o primeiro anjo é seguido por um segundo anjo, que
proclama: “Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações
deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.” Apocalipse 14:8. O termo
Babilônia é derivado de “Babel” e significa confusão. É empregado nas
Escrituras para designar as várias formas de religião falsa ou apóstata. Em
Apocalipse, Capítulo 17, Babilônia é representada por uma mulher — figura que a
Bíblia usa como símbolo de igreja, sendo uma mulher virtuosa a igreja pura, e
uma mulher desprezível, a igreja apóstata.
Babilônia significa confusão, e é empregado nas Escrituras para
designar as várias formas de religião falsa ou apóstata. Babilônia é
representada por uma mulher, figura que a Bíblia usa como símbolo de igreja.
Nas
Escrituras, o caráter sagrado e permanente da relação entre Cristo e Sua igreja
é representado pela união matrimonial. O Senhor uniu a Si o Seu povo, por meio
de um concerto solene, prometendo-lhe ser seu Deus, enquanto o povo se
comprometia a ser unicamente dEle.
A
infidelidade da igreja para com Cristo, permitindo que sua confiança e afeição
dEle se desviem, e consentindo que o amor às coisas mundanas ocupe a alma, é
comparada com a violação do voto conjugal.
O
pecado de Israel, afastando-se do Senhor, é apresentado sob esta figura; e o
maravilhoso amor de Deus, que assim desprezam, é descrito de maneira tocante:
“Dei-te juramento, e entrei em concerto contigo, diz o Senhor Jeová, e tu
ficaste sendo Minha.” “E foste formosa em extremo, e foste próspera, até
chegares a ser rainha. E correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura,
pois era perfeita, por causa da Minha glória que Eu tinha posto sobre ti. ...
Mas confiaste na tua formosura, e te corrompeste por causa da tua fama.” “Como
a mulher se aparta aleivosamente do seu companheiro, assim aleivosamente te
houveste comigo, ó casa de Israel, diz o Senhor”; “como a mulher adúltera que,
em lugar de seu marido, recebe os estranhos.” Ezequiel 16:8, 13-15, 32;
Jeremias 3:20.
No
Novo Testamento, expressão muito semelhante é dirigida aos professos cristãos
que buscam a amizade do mundo, de preferência ao favor de Deus. Diz o apóstolo
Tiago: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é
inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo
constitui-se inimigo de Deus.”
O
poder que por tantos séculos manteve despótico domínio sobre os monarcas da
cristandade, é Roma. A cor púrpura e escarlata, o ouro, as pérolas e pedras
preciosas, pintam ao vivo a magnificência e extraordinária pompa ostentadas
pela altiva Sé de Roma. E de nenhuma outra potência se poderia, com tanto
acerto, declarar que está “embriagada do sangue dos santos”, como daquela
igreja que tão cruelmente tem perseguido os seguidores de Cristo.
Babilônia
é também acusada do pecado de relação ilícita com “os reis da Terra.” Foi pelo
afastamento do Senhor e aliança com os gentios que a igreja judaica se tornou
prostituta; e Roma, corrompendo-se de modo semelhante ao procurar o apoio dos
poderes do mundo, recebe condenação idêntica.
Declara-se
que Babilônia é “mãe das prostitutas.” Como suas filhas devem ser simbolizadas
as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o exemplo
em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança
ilícita com o mundo.
A
mensagem de Apocalipse 14, anunciando a queda de Babilônia, deve aplicar-se às organizações religiosas que se
corromperam. Visto que esta mensagem se segue à advertência acerca do
juízo, deve ser proclamada nos últimos dias; portanto, não se refere apenas à
Igreja de Roma, pois que esta igreja tem estado em condição decaída há muitos
séculos.
No
Capítulo 18 do Apocalipse, o povo de Deus é convidado a sair de Babilônia. De acordo
com esta passagem, muitos do povo de Deus ainda devem estar em Babilônia. E em que corporações religiosas se encontrará hoje a
maior parte dos seguidores de Cristo? Sem dúvida, nas várias igrejas que
professam a fé protestante.
Ao
tempo em que surgiram, assumiram estas uma nobre posição no tocante a Deus e à
verdade, e Sua bênção com elas estava. Mesmo o mundo incrédulo foi constrangido
a reconhecer os benéficos resultados que se seguiam à aceitação dos princípios
do evangelho. Nas palavras do profeta a Israel: “E correu a tua fama entre as
nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da Minha
glória que Eu tinha posto sobre ti, diz o Senhor Jeová.” Ezequiel 16:14.
Caíram,
porém, pelo mesmo desejo que foi a maldição e ruína de Israel — o desejo de
imitar as práticas dos ímpios e buscar-lhes a amizade. “Confiaste na tua formosura,
e te corrompeste por causa da tua fama.” Ezequiel 16:15.
Muitas
das igrejas protestantes estão seguindo o exemplo de Roma na iníqua aliança com
os “reis da Terra”: igrejas do Estado, mediante
suas relações com os governos seculares; e outras denominações, pela procura do
favor do mundo. E o termo “Babilônia” — confusão — pode apropriadamente
aplicar-se a estas corporações; todas professam derivar suas doutrinas da
Escritura Sagrada, e, no entanto,
estão divididas em quase inúmeras seitas, com credos e teorias grandemente
contraditórios.
Além
da pecaminosa união com o mundo, as igrejas que se separaram de Roma apresentam
outras características desta.
Nas
igrejas protestantes muito se encontra do anticristo, e longe estão de se
acharem completamente reformadas das ... corrupções e impiedade.”
“A
Igreja Anglicana”, diz Spurgeon, “parece estar profundamente minada pelo
sacramentarismo; mas os dissidentes parecem quase tão contaminados pela
incredulidade filosófica quanto ela. Aqueles de quem esperávamos melhores
coisas estão se desviando, um a um, dos fundamentos da fé. O coração da
Inglaterra mesmo, creio eu, está completamente carcomido por uma condenável
incredulidade, que ousa todavia ir ao púlpito e intitular-se cristã.”
Qual
foi a origem desta grande apostasia? Como, a princípio, se afastou a igreja da
simplicidade do evangelho? Conformando-se com as práticas do paganismo, a fim
de facilitar a aceitação da doutrina cristã pelos pagãos. O apóstolo Paulo, em
seus dias declarou: “Já o mistério da injustiça opera.” 2 Tessalonicenses 2:7.
Durante a vida dos apóstolos a Igreja permaneceu relativamente pura. Mas, “pelo
fim do século II, a maioria das igrejas tomou nova forma; desapareceu a
primitiva simplicidade, e, insensivelmente, ao baixarem ao túmulo os velhos
discípulos, seus filhos, juntamente com os novos conversos, ... puseram-se à
frente da causa e lhe deram novo molde.”—Pesquisas Eclesiásticas, Roberto
Robinson. Para conseguir conversos, aviltou-se o elevado estandarte da fé
cristã, e, como resultado,
“uma inundação pagã, invadindo a igreja, trouxe consigo seus costumes, práticas
e ídolos.”—Conferências de Gavazzi. Como o cristianismo conseguisse o favor e
apoio dos príncipes seculares, foi nominalmente aceito pelas multidões; mas,
conquanto muitos se intitulassem cristãos, “na realidade permaneciam no
paganismo, e, especialmente em segredo, adoravam os ídolos.”
Não
se tem repetido o mesmo caso em quase todas as igrejas que se intitulam
protestantes? Com o desaparecimento dos fundadores, dos que possuíam o
verdadeiro espírito de reforma, seus descendentes põem-se na dianteira e “dão
novo molde à causa.” Embora se apeguem cegamente ao credo dos pais, e se
recusem a aceitar qualquer verdade além da que lhes foi dada conhecer, os filhos
dos reformadores se afastam grandemente do exemplo paterno de humildade,
abnegação e renúncia do mundo. Assim, “a primitiva simplicidade desaparece.” Um
dilúvio de mundanismo invade a igreja e “leva consigo seus costumes, práticas e
ídolos”.
Na
igreja hoje, muito se encontra do anticristo, e longe estão de se acharem
completamente reformadas das corrupções e impiedade. A igreja esta se
desviando, um a um, dos fundamentos da fé.
A
igreja se afastou da simplicidade do evangelho conformando-se com as práticas
do paganismo, a fim de facilitar a aceitação da doutrina cristã pelos pagãos.
A
igreja está tomando nova forma, desapareceu a primitiva simplicidade. Uma
inundação pagã invadiu a igreja, trouxe consigo seus costumes, práticas e
ídolos.
A
igreja não possui mais o verdadeiro espírito de reforma, afastaram grandemente
do exemplo de humildade, abnegação e renúncia do mundo.
A
igreja hoje, está se afastando da humildade, abnegação e renuncia do mundo.
Assim, a primitiva simplicidade desaparece. Um dilúvio de mundanismo invade a
igreja e leva consigo seus costumes, práticas e ídolos.
A
terrível amizade do mundo, que é inimizade contra Deus, é hoje acalentada entre
os professos seguidores de Cristo.
Quão
largamente se têm a igreja se afastado da norma bíblica da humildade,
abnegação, simplicidade e piedade.
Professar
uma religião tornou-se moda no mundo. Governantes, políticos, advogados,
médicos, negociantes, aderem à igreja como o meio de alcançar o respeito e
confiança da sociedade, e promover os seus próprios interesses mundanos.
Procuram, assim, encobrir, sob o manto do cristianismo, todas as suas
transações injustas. As várias corporações religiosas, robustecidas com a
riqueza e influência dos mundanos batizados, mais ainda se empenham em obter maior
popularidade e proteção. Pomposas igrejas, embelezadas de maneira a mais
extravagante, erguem-se nas movimentadas avenidas. Os adoradores vestem-se com
luxo e de acordo com a moda. Elevado salário é pago
ao talentoso pastor para entreter e atrair o povo. Seus sermões não devem tocar
nos pecados populares, mas deverão ser suaves e agradáveis aos ouvidos da
aristocracia. Deste modo, ímpios de elevada posição são alistados nos registros
da igreja, e os modernos pecados escondidos sob o véu da piedade.
A
atitude atual dos professos cristãos para com o mundo – a igreja tem seguido o
espírito da época e adaptado suas formas de culto às necessidades modernas.
Todas as coisas, na verdade a religião, a igreja hoje emprega como seus
instrumentos.
É
assunto para séria preocupação o encontrarmos a igreja de Cristo negligenciando
o cumprimento dos desígnios do Senhor. Exatamente como os antigos judeus
permitiram que o intercâmbio familiar com as nações idólatras lhes roubasse de Deus
o coração, ... assim a igreja de Jesus, hoje, mediante a falsa parceria com o
mundo incrédulo, abandona os métodos divinos de sua verdadeira vida e
entrega-se aos costumes de uma sociedade sem Cristo — hábitos perniciosos
embora muitas vezes plausíveis — usando argumentos e chegando a conclusões,
estranhos à revelação de Deus e diretamente antagônicos a todo o crescimento em
graça.
Nesta
maré de mundanismo e busca de prazeres, a abnegação e sacrifício por amor de
Cristo acham-se quase inteiramente esquecidos.
O
espírito de condescendência com o mundo está a invadir as igrejas por toda a
cristandade.
Os
verdadeiros justos estão desaparecendo da Terra, e ninguém leva isto a sério.
Os
que, atualmente, em todas as igrejas, professam a religião, são amantes do
mundo, condescendentes com o mundo, afeiçoados ao conforto pessoal e desejosos
de honras. São chamados a sofrer com Cristo, mas temem o vitupério.
Apostasia,
apostasia, apostasia, está mesmo gravado na frente de cada igreja; e se elas o
soubessem e o sentissem, poderia haver esperança; mas, ai, elas exclamam: ‘Rico
sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta.
O
grande pecado imputado a Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do
vinho da ira da sua prostituição.” Esta taça de veneno que ela oferece ao mundo
representa as falsas doutrinas que aceitou, resultantes da união ilícita com os
poderosos da Terra. A amizade mundana corrompe-lhe a fé, e por seu turno a
igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que
se opõem às mais claras instruções das Sagradas Escrituras.
Quando
ensinadores fiéis expõem a Palavra de Deus, levantam-se homens de saber,
pastores que professam compreender as Escrituras, e denunciam a doutrina sã como
heresia, desviando assim os inquiridores da verdade. Não fosse o caso de se
achar o mundo fatalmente embriagado com o vinho de Babilônia, e multidões
seriam convencidas e convertidas pelas verdades claras e penetrantes da Palavra
de Deus. Mas, a fé religiosa parece tão confusa e discordante que o povo não
sabe o que crer como verdade. O pecado da impenitência do mundo jaz à porta da
igreja.
A
mensagem do segundo anjo de Apocalipse, Capítulo 14, foi primeiramente pregada
no verão de 1844, e teve naquele tempo uma aplicação mais direta às igrejas dos
Estados Unidos, onde a advertência do juízo tinha
sido mais amplamente proclamada e em geral rejeitada, e onde a decadência das
igrejas mais rápida havia sido. A mensagem do segundo anjo, porém, não
alcançou o completo cumprimento em 1844. As igrejas
experimentaram então uma queda moral, em conseqüência de recusarem a luz da
mensagem do advento; mas essa queda não foi completa. Continuando a
rejeitar as verdades especiais para este tempo, têm elas caído mais e mais. Contudo,
não se pode ainda dizer que “caiu Babilônia, ... que a todas as nações deu a
beber do vinho da ira da sua prostituição.” Ainda não deu de beber a todas as
nações. O espírito de conformação com o mundo e de
indiferença às probantes verdades para nosso tempo existe e está a ganhar
terreno nas igrejas de fé protestante, em todos os países da cristandade; e
estas igrejas estão incluídas na solene e terrível denúncia do segundo anjo.
Mas a obra da apostasia não atingiu ainda a culminância.
A
Escritura Sagrada declara que Satanás, antes da vinda do Senhor, operará “com
todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da
injustiça”; e “os que não receberam o amor da verdade para se salvarem” serão
deixados à mercê da “operação do erro, para que creiam a mentira.” 2
Tessalonicenses 2:9-11. A queda de Babilônia se completará quando esta condição
for atingida, e a união da igreja com o mundo se tenha consumado em toda a cristandade.
A mudança é gradual, e o cumprimento perfeito de Apocalipse 14:8 está ainda no
futuro.
Apesar
das trevas espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que
constituem Babilônia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo
encontra-se ainda em sua comunhão. Muitos deles há que nunca souberam das
verdades especiais para este tempo. Não poucos se acham descontentes com sua
atual condição e anelam mais clara luz. Em vão olham para a imagem de Cristo
nas igrejas a que estão ligados. Afastando-se estas
corporações mais e mais da verdade, e aliando-se mais intimamente com o mundo,
a diferença entre as duas classes aumentará, resultando, por fim, em separação.
Tempo virá em que os que amam a Deus acima de tudo,
não mais poderão permanecer unidos aos que são “mais amigos dos deleites do que
amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”.
O
Capítulo 18 do Apocalipse indica o tempo em que, como resultado da rejeição da
tríplice mensagem do Capítulo 14:6-12, a igreja terá atingido completamente a
condição predita pelo segundo anjo, e o povo de Deus, ainda em Babilônia, será
chamado a separarse de sua comunhão. Esta mensagem é a última que será dada ao
mundo, e cumprirá a sua obra. Quando os que “não creram a verdade, antes
tiveram prazer na iniqüidade” (2 Tessalonicenses 2:12), forem abandonados para
que recebam a operação do erro e creiam a mentira, a luz da verdade brilhará
então sobre todos os corações que se acham abertos para recebê-la, e os filhos
do Senhor que permanecem em Babilônia atenderão ao chamado: “Sai dela, povo
Meu.” Apocalipse 18:4.
Deus
lhe abençoe?
FONTE:
O Grande
Conflito
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