A
família humana, por seus maus hábitos, traz sobre si doenças de várias formas.
Não procuram saber como viver saudavelmente, e a transgressão das leis de seu
ser produz um estado de coisas deplorável.
O
povo raramente tem atribuído à causa verdadeira os seus sofrimentos, isto é, ao
seu próprio procedimento errado. Têm condescendido com a intemperança no comer,
e feito de seu apetite um deus.
Muitos
em todos os seus hábitos têm manifestado negligência com respeito à saúde e à
vida; e quando, em conseqüência, sobrevém a doença, procuram concluir que Deus
é seu autor, quando é o próprio procedimento errado que acarreta resultados
seguros.
Quando
muitos estão aflitos, vão ao médico e a suas mãos confiam o corpo, esperando
que ele os cure. Ele lhes ministra drogas, de cuja natureza eles nada sabem, e
em sua cega confiança, engolem qualquer coisa que o médico queira dar-lhes.
Assim são muitas vezes ministrados tóxicos poderosos que agrilhoam (acorrentam)
a natureza, em seus amáveis esforços para restaurar o organismo dos abusos que
sofreu, e o paciente depressa é despedido desta vida.
Há
pessoas que estão apenas com uma leve indisposição, e que poderiam ter-se
restaurado, mediante abstinência de alimento por breve período, e uma cessação
do trabalho, ficando em calmo repouso, em vez disso vão ao médico.
E
aquele que deveria estar preparado para dar judiciosamente uns poucos conselhos
simples e certas restrinções alimentares, colocando o paciente na vereda
devida, esse é, ou ignorante demais para isso fazer, ou está por demais ansioso
por obter ganho, administra os seus tóxicos que, se fosse ele o doente, não se
arriscaria a tomar. O paciente piora, e são-lhes ministradas drogas em maior abundância,
até que a natureza é vencida em seus esforços, e desiste da luta, e o paciente
morre. Muitos são mortos pelas drogas. O organismo fica intoxicado para além da
possibilidade de sarar.
Muitos
acusam a Providência em assim remover aqueles que adoeceram, em meio a sua vida
de utilidade. Fazem injustiça ao nosso bom e sábio Pai celestial, quando a Ele
atribuem o peso de desgraça humana. O Céu deseja que os que morrem vivessem, a
morte prematura desonra a Deus. Os maus hábitos e a desatenção para com as leis
do ser, fazem muitos doentes. E os tóxicos do médico, feitos à moda,
introduzidos ao período da existência de muitos.
O
que acima se disse, nem sempre é o resultado que segue à medicação droguista do
doutor. Doentes que tomam essas drogas tóxicas parecem ficar bons. Alguns têm
força vital suficiente para expelir do organismo o veneno de modo que o doente,
tendo um período de repouso, se restabelece. Mas não se deve atribuir a cura às
drogas, pois tão-somente estorvaram a natureza em seus esforços. Todo o
merecimento deve ser atribuído ao poder restaurador da natureza.
Embora
o doente possa restabelecer-se, todavia o grande esforço que se exigiu da
natureza para levá-la a agir contra o veneno e vencê-lo prejudicou a
constituição, abreviando a vida do doente. Há muitos que não morrem sob a
influência de drogas, mas muitos existem que são deixados destroços inúteis na
constituição.
Se
fossem unicamente os que tomam as drogas os sofredores, então o mal não seria
tão grande. Mas os pais não só pecam contra si mesmos ao engolir drogas
tóxicas, mas pecam também contra os filhos. O estado viciado de seu sangue, o
tóxico distribuído por todo o organismo, a constituição alquebrada, e várias
doenças provenientes das drogas, por causa do seu conteúdo de tóxicos, são
transmitidos a sua prole, deixando-lhes infeliz herança, o que outra grande
causa da degeneração do gênero humano.
Os
médicos, ministrando suas drogas tóxicas, muito têm contribuído para aumentar a
depreciação da raça, física, mental e mralmente.
Para
onde quer que nos volvemos, veremos deformidade, doença e imbecilidade, que em
muitíssimos casos podem ser atribuídos diretamente aos venenos das drogas,
administrados por mãos de médicos, como remédio para alguns dos males da vida.
O chamado remédio demonstra-se terrivelmente ao paciente, por severo
sofrimento, como sendo muito pior que a doença para curar a qual se tomara a
droga.
Devemos
compreender as necessidades de nosso organismo. É importantíssimo que seja
compreendido o organismo humano, e então podemos ser o nosso próprio médico.
Devemos
raciocinar da causa para o efeito, e seguir a luz que sobre nós incide, seguir
um procedimento que nos assegura a saúde. m.as o povo satisfaz-se com
permanecer em inescusável ignorância, confiando aos médicos o corpo, em vez de
assumirem eles mesmos essa
responsabilidade especial quanto à questão.
Muitas
pessoas tem morrido quando sob os cuidados de médicos, tomando remédios receitados
e administrados por suas mãos. Os medicamentos não curam. Muitas pessoas não
teriam morrido, poderiam ter –se restabelecido se não se tivessem tratado com
drogas de tal modo que a natureza se enfraqueceu pelo abuso, e afinal baqueou.
O
doente deve apenas ajudar a natureza em seus esforços, removendo qualquer
obstrução, e então deixar à natureza o recuperar as exauridas energias do
organismo.
O
doente deve conservar-se livre de agitação, e de toda influência tendente a
deprimir. Os que o assistem devem ser de disposição alegre e esperançosa.
O
doente deve seguir um regime alimentar simples, e beber bastante atua pura e
branda. Banhar-se frequentemente em água pura e branda, friccionando depois o
corpo, suavemente. Deixe entrar livremente no quarto a luz e o ar. O doente
precisa de repouso calmo e imperturbado.
O
doente deve ter bastante confiança em Deus, a colocar-se nas mãos do Senhor a
vida. Deus visita todos os dias a cada doente. Devem seguir as instruções do
Senhor com confiança.
Cada
acréscimo de droga tóxica dado ao paciente, fará o caso mais complicado,
tornando mais sem esperança a restauração do doente.
As
drogas dadas para entorpecer, sejam quais forem, põem em perigo o sistema
nervoso.
Um
mal, simples a princípio, que a natureza se dispunha a vencer – o que ela teria
feito se deixada a si mesma – tornou-se dez vezes pior pelos tóxcios das drogas
que foram introduzidas no organismo, o que por si só é uma doença destrutiva,
forçando à ação extraordinária as restantes forças vitais, a fim de lutarem
contra as drogas intrusas e as vencerem.
Na
medicina de Deus o doente tem a saúde restaurada. Sem a ministração de remédios
tóxicos, a fim de que pudesse deixar a constituição íntegra. Os medicamentos
nunca podem restaurar a saúde.
Os
medicamentos põem em perigo a fina maquinaria da natureza e danificam a
constituição, e matam, mas jamais curam.
A
natureza, unicamente, possui poderes restauradores. Ela, tão-só, pode repor
suas energias exauridas, e reparar os danos que recebeu pela falta de atenção a
suas leis fixas.
Muitos
doentes não precisam ter morrido, muitas vidas foram sacrificadas nas mãos dos
médicos, por suas drogas tóxicas.
Maior
número de mortes têm tido como causa a ingestão de drogas do que outras
quaisquer causas combinadas.
Se
houvesse na terra um médico em lugar de milhares, grande número de mortes
prematuras se teria evitado. Multidões de médicos, e milhares de drogas, tem
sido maléfico para os habitantes da terra, e têm levado para a tumba prematura
a milhares e miríades.
Condescender
com comer demasiado freqüentemente, ou quantidades exageradas, sobrecarrega os
órgãos da digestão, produzindo um estado febril do organismo. O sangue torna-se
impuro, ocorrendo então doenças de várias espécies.
Muitos
quando estão doentes, vão ao médico, que prescreve algum medicamento, que
produz alívio para o presente, mas não cura a doença. Pode mudar a forma da
doença, mas o mal verdadeiro é aumentado dez vezes. A natureza fez o pôde para
livrar o organismo de um acúmulo de impurezas, e, fosse ela deixada a si mesma,
auxiliada pelas bênçãos comuns do Céu, tais como ar e água puras, ter-se-ia
efetuado cura rápida e certa.
Quando
doentes, sofrendo, podemos fazer por nós mesmos o que outros não podem fazer
tão bem. Devemos começar a aliviar a natureza da carga que impusemos. Devemos remover
a causa. Devemos jejuar por breve tempo, dando ao estômago ocasião para
descansar. Podemos reduzir o estado febril do organismo mediante cuidadosa e
sensata aplicação de água. Esses esforços ajudarão a natureza em sua luta por
livrar de impurezas o organismo.
Quando
as pessoas sofrem dores, ficam impacientes. Não estão dispostas a usar de
abnegação e sofrer um pouco de fome. Tampouco estão dispostas a esperar o lento
processo da natureza, para reconstruir as energias sobrecarregadas do
organismo. Estão, porém, resolvidas a obter alívio imediato, e tomar drogas
fortíssimas, receitadas pelos médicos. A natureza estava fazendo bem a sua
obra, e teria triunfado, mas enquanto realizava sua tarefa, o doente ingeriu
uma substância estranha, de natureza tóxica. Que erro! A natureza abusada, tem
agora dois males contra os quais lutar, em vez de um só. A natureza deixa o
trabalho no qual se empenhar, e resoluta se põe à obra de expelir o intruso
introduzido no organismo. A natureza se ressente com esse duplo saque contra os
seus recursos e torna-se debilitada.
Deus
deixa claro em Seus livros de saúde que as drogas jamais curam doenças. Elas apenas
mudam sua forma e localização. A natureza, unicamente, é o restaurador eficaz,
e quanto melhor executaria ela sua obra se fosse deixada a si mesma! Mas este
privilégio raramente lhe é concedido.
Se
a natureza, mutilada, resiste ao peso da carga, e afinal realiza em grande
medida sua tarefa dobrada, e o paciente vive, o crédito disso é dado ao médico.
Mas se a natureza fracassa em seu esforço por expelir do organismo o veneno, e
o doente morre, a isto se chama a maravilhosa dispensação da Providência.
Se
o doente proceder de maneira a aliviar em tempo a natureza sobrecarregada,
usando judiciosamente água pura e branda, esta dispensação de mortalidade pelas
drogas poder-se-ia ter evitado completamente. O uso da água pouco alcança, se o
paciente não reconhecer a necessidade de atender estritamente também ao regime
alimentar.
Muitos
vivem em violação das leis da saúde, e ignoram a relação que seus hábitos de
comer, beber e trabalhar mantêm para com a saúde. Não despertam ao
reconhecimento de seu verdadeiro estado, até que a natureza proteste contra os
abusos que sofre, por meio de dores e moléstias no organismo.
Se,
mesmo então, os sofredores tão-somente começassem direito o trabalho e
recorressem aos meios simples que têm negligenciado — o uso da água e o regime alimentar
adequado — a natureza receberia justamente o auxílio que ela requer, e que
deveria ter recebido há muito. Se for seguido esse procedimento, em geral o
doente se recuperará sem ficar debilitado.
Quando
são introduzidas drogas no organismo, por algum tempo pode parecer que tenham
efeito benéfico. Pode dar-se uma mudança, mas a doença não foi curada. Ela se
manifestará de alguma outra forma. Nos esforços da natureza por expelir do
organismo a droga, vezes vem ao paciente sofrimento intenso. E a doença, para
curar a qual foi ministrada a droga, pode desaparecer, mas tão-somente para reaparecer
sob nova forma, como doenças da pele, úlceras, juntas doloridas, e às vezes formas
mais perigosas e mortíferas. O fígado, o coração, o cérebro, são freqüentemente
afetados pelas drogas, e muitas vezes todos estes órgãos são tomados de
doenças, e as vítimas, se sobreviverem, ficam inválidas pelo resto da vida,
arrastando, afadigosamente, uma existência infeliz. (ME2 – 452)
Maior
é o número dos que morrem pelo uso de drogas, do que o de todos os que morrem
da doença, caso se tivesse permitido à natureza realizar a sua obra. Muitíssimas
vidas têm sido sacrificadas por ministrarem os médicos drogas para doenças. A natureza
é sobrecarregada com drogas tóxicas. A natureza é mutilada em todos os seus
esforços. Esses órgãos, que deveriam estar em bom estado de saúde, estão
debilitados, o sangue se torna impuro. A natureza contínua lutando, e o doente
sofre de moléstias várias, até que sobrevém um súbito alquebramento nos seus
esforços, e segue a morte.
Se
as pessoas doentes tivessem paciência, se observasse dieta e suportassem um
pouco de sofrimento, dando à natureza tempo para se refazer, recuperar-se-iam
muito mais cedo sem o uso de qualquer medicamento. A natureza sozinha possui
poderes curativos. Os medicamentos não têm poderes para curar, mas quase sempre
estorvam a natureza em seus esforços. A natureza, afinal de contas, é que tem
de fazer a obra da restauração.
Os
doentes têm pressa de sarar, e os amigos dos doentes ficam impacientes. Querem
medicamentos, e se não sentem no organismo essa poderosa influência que seus errôneos
pontos de vista os levam a pensar que deveriam sentir, impacientemente mudam de
médico. A mudança muitas vezes aumenta o mal. Submetem-se a outra medicação,
tão perigosa como a primeira, e mais fatal, porque os dois tratamentos
discordam entre si, e o organismo fica intoxicado de modo que não há mais
remédio.
Muitos,
porém, nunca experimentaram os benéficos efeitos da água, e têm medo de usar
uma das maiores bênçãos do Céu. A água tem sido recusada a pessoas que ardiam
em febre, de medo que lhes fizesse mal. Se, em seu estado febril, lhes tivesse
sido dada a beber água abundante, fazendo-se também aplicações externamente,
terse-iam poupado longos dias e noites de sofrimento, e muitas vidas preciosas
se teriam salvo. Mas milhares têm morrido, consumidos por febres violentas, que
arderam até acabar-se o combustível que as alimentava e se desgastarem os
órgãos vitais, sucumbindo na maior agonia, sem lhes permitirem tomar água para
aliviar sua sede ardente. A água, que se usa para extinguir os violentos
incêndios num edifício inanimado, não é permitida a seres humanos, para extinguir
o fogo que lhes consome as entranhas.
Multidões
permanecem em inescusável ignorância com respeito às leis de seu ser. Médicos prescrevem
venenos lentos para cortar a doença, ou curar alguma leve indisposição. Os efeitos
do veneno podem não ser percebidos imediatamente, mas ele realiza certamente
sua obra no organismo, minando a constituição, e mutilando a natureza em seus
esforços. Procuram corrigir um mal, mas
produzem mal muito maior, muitas vezes incurável. Os que são tratados assim,
estão constantemente enfermos e sempre se medicando.
Muitos
se acham tão cegados que não vêem que todas as drogas que tomaram não os
curaram, mas os deixaram piores. Os inválidos por causa das drogas encabeçam a
lista, e são em geral impertinentes, irritadiços, sempre doentes, arrastando
uma existência infeliz. As drogas
tóxicas não os mataram de vez, pois à natureza repugna renunciar ao seu poder
sobre a vida. Não está disposta a abandonar a luta. Todavia, esses engolidores
de drogas nunca se sentem bem.
A
intérmina variedade de medicamentos que existe no mercado, os numerosos
anúncios de novas drogas e misturas, todas, como dizem, produzindo curas
milagrosas, matam centenas enquanto trazem benefícios a um só. Os que se sentem
doentes não têm paciência. Tomam os vários medicamentos, alguns dos quais são
muito violentos, embora nada saibam da natureza dessas misturas. Todos os remédios
que tomam apenas tornam mais desenganada sua restauração. Todavia continuam a
medicar-se, e continuam a piorar até morrerem. Alguns tomam remédios a qualquer
pretexto. Pois que tomem essas misturas daninhas, e os vários venenos mortais,
sob sua própria responsabilidade. Os servos de Deus não devem receitar remédios
dos quais sabem que hão de deixar efeitos danosos no organismo, embora aliviem
o sofrimento na ocasião.
Deus
abençoe a todos grandemente!
Fonte:
Mensagens Escolhidas 2
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