Nós
todos não reconhecemos a necessidade de exercício físico ao ar livre. Negligenciamos
esse dever por demais essencial para a conservação da saúde.
Passamos
muito tempo inativos, sem nos movimentar e comemos em demasia. Com tais hábitos
muitos tornam-se corpulentos, porque o organismo está abarrotado. Outros, ao
contrário, emagrecem, ficam fracos, pois suas energias vitais se exaurem no
esforço de eliminar o excesso do que é ingerido; o fígado fica sobrecarregado e
incapaz de eliminar as impurezas do sangue, vindo em resultado a doença.
O exercício
físico deve ser combinado com o esforço mental, para que o sangue seja
estimulado na circulação, mais perfeito será o trabalho do coração e será
eliminadas as toxinas, experimentando nova vida e vigor em cada parte do corpo.
Quando
a mente é continuamente excitada pelo estudo, deixando-se o corpo inativo,
sobrecarrega-se os nervos emotivos, ao passo que os da moção ficam em
inatividade. Ficando todo o uso nos órgãos mentais, estes são exercitados em
excesso e debilitam-se, ao passo que os músculos perdem o vigor por falta de
uso. Não há inclinação para exercitar os músculos mediante o trabalho físico,
pois este parece enfadonho.
Cristo
deseja que formemos hábitos de estrita temperança. Cumpre-nos seguir o exemplo
de abnegação, sacrifício e ativa beneficência. Ele venceu o apetite em nosso
favor, e devemos seguir um exemplo digno de imitação. Sentir a necessidade de
empenharmos na obra de vencer o apetite.
Os
que não sentem a necessidade de empenhar-se na obra de vencer o apetite,
deixarão de alcançar preciosas vitórias que poderiam obter, tornando-se
escravos do apetite e da concupiscência, os quais estão enchendo o cálice de
iniqüidade dos que habitam na Terra.
O desejo
de Deus é que nos empenhemos em anunciar a última mensagem de advertência ao
mundo, mensagem que deve decidir o destino das almas. Devemos aplicar na
própria vida as verdades que pregamos aos outros. Devemos constituir, no comer
e beber, em nossa casta conversação e conduta, um exemplo para o povo.
A
glutonaria, a condescendência com as paixões inferiores e ofensivos pecados,
são ocultos por muitos professos representantes de Cristo no mundo, sob as
vestes da santidade.
Muitas
pessoas há, de excelentes aptidões naturais, os quais não realizam em seu
trabalho metade do que poderiam, por não serem temperantes em todas as coisas.
A
condescendência com o apetite e a paixão obscurece a mente, diminui a
resistência física, e enfraquece a força moral. Não são claros os pensamentos
dos que assim procedem. Suas palavras não são proferidas com poder, falta-lhes a
vitalidade do Espírito de Deus para alcançarem o coração dos ouvintes.
Como
nossos primeiros pais perderam o Éden em conseqüência do apetite, nossa única
esperança de o reconquistar é por meio da firme negação do apetite e da paixão.
A abstinência no regime alimentar e o controle de todas as paixões, preservarão
o nosso intelecto e darão vigor mental e moral, habilitando-nos a sujeitarmos
todas as nossas inclinações ao domínio das faculdades mais elevadas, e a discernir
entre o direito e o torto, o sagrado e o comum.
Todos
quantos têm o verdadeiro senso do sacrifício feito por Cristo em deixar
Seu lar no Céu para vir a este mundo a fim de, pela Sua vida, mostrar ao homem
como poderia resistir à tentação, de boa mente renunciarão ao próprio eu,
preferindo ser participantes dos sofrimentos de Cristo. O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria.
Se
desejamos vencer como Cristo venceu, precisamos guardar-nos continuamente
contra as tentações de Satanás. O apetite e as paixões devem ser restringidos e
postos em sujeição ao domínio de uma consciência esclarecida, para que o
intelecto seja equilibrado, claras as faculdades de percepção, de maneira que
as manobras do inimigo e seus ardis não sejam considerados como a providência
de Deus. Muitos desejam a recompensa final e a vitória concedidas aos
vencedores, mas não estão dispostos a suportar fadiga, privação e renúncia ao
próprio eu, como fez o Redentor. É unicamente por meio da obediência e de contínuo
esforço que havemos de vencer como Cristo venceu.
A
força dominante do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares quando, se
houvessem triunfado nesse ponto, teriam tido força moral para ganhar a vitória
sobre qualquer outra tentação de Satanás.
Os
que são escravos do apetite, no entanto, deixarão de aperfeiçoar o caráter
cristão.
A
incessante transgressão do homem através de seis mil anos, tem trazido em
resultado doença, dor e morte. E, à medida que nos aproximamos do fim do tempo,
a tentação do inimigo para ceder ao apetite será mais poderosa e difícil de
vencer.
Deus
deseja ver maiores reformas entre o povo que professa aguardar o breve
aparecimento de Cristo.
Deus
quer despertar as pessoas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne
de animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual. Muitos
que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do
povo de Deus, para não mais andar com ele.
Precisamos
obedecer às leis que Deus deu, para que as energias físicas e espirituais
possam operar em harmonia.
Muitos
professos cristãos podem ter uma forma de piedade, podem até pregar o evangelho,
e ainda não estar purificados e santificados. Devem ser estritamente
temperantes no comer e beber, para que não façam veredas tortuosas para seus
pés, fazendo com que os coxos — os fracos na fé — se desviem do caminho. Se,
enquanto proclamam a mais solene e importante mensagem que já foi dada por
Deus, e combatem contra a verdade por condescenderem com hábitos errados de
comer e beber, tiram todo o poder da mensagem que apresentam.
Deus
abençoe a todos grandemente!
Fonte:
Conselhos Sobre Saúde
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