As
enzimas são substancias que tornam a vida possível. São necessários para todas
as reações químicas que ocorrem no corpo. Sem enzimas nenhuma atividade alguma
vez aconteceria. Nem as vitaminas nem os minerais ou os hormônios conseguem
fazer o seu trabalho – sem enzimas.
Temos
uma reserva de enzimas limitada o que nos leva a morrer quando as enzimas
acabam.
Se
comermos alimentos crus evitamos a destruição das enzimas que a comida contém
facilitando assim a digestão e evitando gastar as nossas próprias reservas.
Segundo ainda o Dr. Edward Howell, a falta de enzimas na comida cozida é ainda
uma das razões maiores do envelhecimento e morte precoce. É ainda a causa
subjacente da maior parte das doenças.
Se
o nosso corpo está ocupado com a digestão de alimentos cozidos e a produção de
enzimas para a saliva, suco gástrico, suco pancreático e sucos intestinais,
então terá de diminuir a produção de enzimas para outros propósitos. Quando
isto acontece, então como pode o corpo produzir enzimas para o trabalho do
cérebro, coração, rins, músculos e os outros órgãos e tecidos. Esta falta de
enzimas ocorre na maioria da população mundial dos países civilizados que se
alimenta de comida cozida.
Consequentemente
cada vez que comemos farináceos (pão, bolos, etc.) estamos a diminuir o nosso
tempo de vida. Existe evidencia que mostra que esta baixa de enzimas não é
devida a nenhuma peculiaridade da nossa espécie. Na realidade, deve-se ás
largas quantidades de amidos cozidos que comemos.
A
alimentação cozida, por conseguinte sem enzimas contribui para o crescimento
patológico excessivo da glândula pituitária, que regula as outras glândulas.
Além disso, há pesquisas que indicam que 100% dos indivíduos com mais de 50
anos que morrem de causas acidentais tem deficiências nas glândulas
pituitárias.
A
deficiência de enzimas é a causa da maturação exagerada das crianças e
adolescentes dos nossos dias .É também uma causa importante no excesso de peso
de muitas crianças e adultos. As dietas deficientes em enzimas produzem uma
maturação mais rápida do que o normal.
É
impossível engordar comendo cru, independentemente da quantidade de calorias
ingeridas.
Outro
dos efeitos relacionados com a deficiência de enzimas é que o tamanho do
cérebro diminui. Mais, a tiróide aumenta de volume, mesmo na presença do iodo.
O
pâncreas humano é sobrecarregado com uma produção excessiva de enzimas
comparado com qualquer outra criatura que se alimenta de comida crua. De fato,
em proporção com o peso do corpo, o pâncreas humano é duas vezes mais pesado do
que o de uma vaca. Seres humanos que comem maioritariamente cozido, enquanto as
vacas comem erva crua. Há provas de que o pâncreas humano é um dos mais pesados
no reino animal, tendo em conta o peso corporal. Este aumento de volume do
pâncreas humano é tão perigoso – provavelmente ainda mais – do que o aumento de
volume do coração, da tiróide etc..
A
produção exagerada de enzimas é uma adaptação patológica a uma dieta de comida
sem enzimas.
O
pâncreas não é a única parte que produz exageradamente enzimas quando a
alimentação é cozida. Por adição, existem as glândulas salivares, que produzem
enzimas num grau nunca visto nos animais selvagens com a sua alimentação
natural. De fato, alguns animais numa dieta crua não tem qualquer tipo de
enzimas na sua saliva. As vacas e as ovelhas produzem torrentes de saliva sem
enzimas. As enzimas na saliva representam uma situação patológica e não normal.
As
enzimas na saliva só atacarão o amido quando este é cozido. Sendo assim, vemos
que o corpo canaliza a sua limitada produção de enzimas para a saliva se de
fato o tiver que fazer.
Todas
as fezes, incluindo as dos seres humanos, contém as enzimas utilizados pelo
corpo.
Só
vitaminas e minerais não são suficientes para manter a saúde.
Precisamos
de enzimas na nossa alimentação.
Quando
se jejua, há uma paragem imediata da produção de enzimas digestivas. As enzimas
da saliva, suco gástrico e pancreático diminuem e são raras. Durante o jejum,
as enzimas do corpo estão livres para o trabalho de reparação e remoção de
tecidos doentes.
Nos
países considerados civilizados comem-se tamanhas quantidades de comida cozida
que o sistema enzimático fica ocupado somente a digerir comida. Como resultado,
o corpo tem falta de enzimas para manter os tecidos em boas condições.
A
maior parte das pessoas que jejuam passam pelo que é chamado de uma crise
curativa. Os pacientes podem sentir náuseas, vômitos e tonturas. O que se passa
é que as enzimas estão a trabalhar para mudar a estrutura doente do organismo.
As enzimas atacam os tecidos patológicos e dividem as substâncias indigestas e
não processadas; e estas são depois evacuadas pelos intestinos, pelo vômito ou
através da pele.
Questionado
sobre o fato de a maioria da população comer cozido todos os dias e se
poderíamos recuperar a falta de enzimas comendo ao mesmo tempo comida crua o
Dr. Howell respondeu: “Não. A comida cozida causa um desgaste tão grande na
nossa reserva de enzimas que não se consegue recuperar comendo também comida
crua. Na realidade os vegetais e a fruta não são fontes concentradas de
enzimas.
Segundo
o Dr. Howell as bananas, abacates e mangas são boas fontes de enzimas. Na
generalidade, os frutos com um alto valor calórico são mais ricos em enzimas.
As
nozes e as sementes contém inibidores de enzimas pelo que se devem demolhar.
Estes inibidores de enzimas existem para proteção da semente. A natureza não
quer que a semente germine prematuramente e perca sua vitalidade. Quer sim que
as sementes germinem num solo suficientemente úmido para poderem crescer e
continuar a espécie.
Desta
forma, quando se comem sementes cruas ou nozes cruas, estamos a ingerir os
inibidores de enzimas que neutralizam alguns dos enzimas que o organismo
produz. Na realidade comer alimentos com inibidores de enzimas provoca um
inchaço do pâncreas.
Todas
as nozes e sementes contêm estes inibidores de enzimas. Amendoins crus, por
exemplo tem uma quantidade especialmente grande. O gérmen de trigo cru também
um dos piores ofensores. Em adição todas as ervilhas, feijões, e lentilhas
contem alguns. As batatas que são sementes também tem inibidores de enzimas.
Como
regra geral, os inibidores de enzimas estão confinados ás sementes dos
alimentos. Por exemplo, os olhos das batatas. Os inibidores não estão presentes
nas partes frescas das frutas ou nas folhas e caules dos vegetais. Há duas
formas de destruir os inibidores de enzimas. A primeira é cozer; no entanto
assim também se destroem as enzimas. A segunda, que é preferível é a
germinação. Assim destroem-se os inibidores de enzimas e também se aumenta o
conteúdo de enzimas numa proporção de 3 para 6.
Alguns
alimentos, como o feijão de soja, tem de ser bem cozidos para destruir os
inibidores de enzimas. Por exemplo, muitas das farinhas de soja e pós á venda
não foram suficientemente aquecidos para destruir os inibidores. A única
solução para quem continua a comer alimentos cozidos é tomar suplementos de
concentrado de enzimas de plantas. Na ausência de contra-indicações, deve-se
tomar entre uma a três cápsulas por refeição. É claro que se a sua refeição for
só crua, não precisará de enzimas nessa refeição. As cápsulas devem ser
misturadas com a comida ou chupadas. Desta forma podem começar a trabalhar
imediatamente. Acidentalmente, tomar enzimas extra é outra forma de neutralizar
os inibidores de enzimas das nozes ou sementes não germinados.
Os
concentrados de enzimas de plantas ou enzimas de fungos são melhores para
pré-digestão da comida do que comprimidos de enzimas pancreáticos. Isto porque
as enzimas de plantas conseguem atuar melhor em meios ácidos como o estômago,
enquanto que as enzimas pancreáticos só trabalham no meio alcalino do intestino
delgado. Se os comprimidos tiverem um revestimento entérico, então não são
apropriados, uma vez que só serão liberados depois de atravessar o estômago. Nesta
altura é demasiado tarde para a pré-digestão da comida. Aqui o corpo já terá
usado as suas enzimas para digerir a comida.
Uma
alimentação deficiente em enzimas causa uma redução de 30% no tempo de vida. Assim
sendo, poderíamos prolongar o nosso tempo de vida 20 ou mais anos. Mesmo numa
dieta de crus deve-se incluir enzimas pois o nosso corpo usa-as de tantas
formas e assim poderemos manter a nossa reserva para situações de doença,
situações extremas de temperatura e durante situações de exercício vigoroso.
Conclui o Dr. Howell, que a titulo de curiosidade, já passou claramente dos 70
anos e continua a sentir-se como se tivesse 30, praticando ainda jogging todos
os dias.
As
enzimas são moléculas de proteína bastante grandes e complexas que agem como
catalisadoras em reações bioquímicas. Como as proteínas, elas consistem em
longas cadeias de amino-ácidos unidas por ligações de peptídeos. Elas são
formadas dentro das células de todos os seres vivos, plantas, fungos,
bactérias, e organismos microscópicos unicelulares.
As
enzimas são classificadas segundo os compostos nos quais elas agem:
-
lipases atuam nas gorduras decompondo-as em glicerol e ácidos graxos;
-
catalases decompõem a água oxigenada;
-
amilases decompõem os amidos em açúcares mais simples;
-
proteases decompõem as proteínas;
-
celulases decompõem a celulose;
-
pectinases decompõem a pectina;
-
xilanases decompõem a xilana;
-
isomerases catalizam a conversão da glicose em frutose;
-
beta-glucanases decompõem a beta-glucana;
-
outras. As enzimas comumente encontradas no trato digestivo são a pepsina, a
tripsina e peptidases (que decompõem as proteínas), lipases e amilases.
Como as enzimas agem?
Elas
controlam várias funções vitais incluindo os processos metabólicos que
convertem nutrientes em energia e em novos materiais para as células, além de
acelerar a reação dos processos bioquímicos, tornando-os mais eficientes. As
enzimas se conectam às substâncias reagentes e enfraquecem certas ligações
químicas, de modo que menos energia (de ativação) é necessária para que as
reações ocorram. Se as enzimas estivessem ausentes, as reações químicas seriam
lentas demais para dar suporte à vida. As enzimas são bastante específicas,
decompondo ou compondo apenas certas substâncias em certas condições de
temperatura, pH e concentração do substrato (substância na qual a enzima atua).
Algumas transformações envolvem várias enzimas como a da glicose em água e gás
carbônico que leva 25 passos, cada passo com a participação de várias enzimas.
Quando as enzimas são aquecidas, elas aceleram ainda mais as reações, mas
apenas até certo ponto a partir do qual elas se modificam e perdem suas
propriedades catalizadoras. Quando a temperatura cai, as enzimas voltam ao seu
estado anterior.
De onde as enzimas surgem
?
As
células usam a informação dos nossos genes para fabricar proteínas, as quais
são usadas para várias funções. A enzima é uma dessas proteínas. Também, as
enzimas podem ser encontradas nos alimentos. As células possuem de 2000 a 3000
enzimas diferentes em cada uma. Células diferentes possuem enzimas diferentes.
Como as enzimas atuam na
boca ?
Quando
o alimento é mastigado na boca, ele fica reduzido à pequenos fragmentos que se
misturam com a saliva produzida pelos três pares de glândulas salivares
(parótidas, submandibulares e sublinguais). A saliva é um líquido neutro ou
ligeiramente alcalino, que contém água, muco e enzimas (amilase salivar ou
ptialina). As glândulas submandibulares e sublinguais segregam uma saliva mais
grossa que contém a enzima mucina. A outra enzima da saliva é a ptialina, que
digere parcialmente os amidos e converte-os em maltose (um tipo de açúcar). A
água umedece o alimento, o muco lubrifica-o e a amilase catalisa a hidrólise do
amido (polissacarídeo) que o transforma em moléculas de açúcares mais simples
(oligossacarídeos e monossacarídeos). A saliva também dissolve algumas
moléculas que são captadas pelos receptores de sabor nas papilas gustativas da
língua (permitindo o reconhecimento dos sabores). O alimento mastigado e
ensalivado fica reduzido à uma pasta mole: o bolo alimentar.
Como as enzimas atuam no
estômago ?
O
estômago recebe o bolo alimentar e o piloro é fechado para que o bolo alimentar
não passe imediatamente para o duodeno. O estômago, por meio das glândulas
gástricas, libera o suco gástrico que é constituído por água, ácido clorídrico
(a 0,5% de concentração), mucos, pelas enzimas pepsina (várias proteases) e,
nos bebês, a renina. O estômago então se contrai ritmicamente (movimentos
peristálticos), o que permite a mistura do bolo alimentar com o suco gástrico.
A
água permite que os alimentos se dissolvam ou fiquem em suspensão. O ácido
clorídrico reage com o pepsinogênio parar gerar a pepsina, dá o grau de acidez
ideal para a pepsina atuar e destrói muitas das bactérias ingeridas nos
alimentos. O muco lubrifica o alimento e protege as paredes do estômago dos
efeitos do ácido e das proteases. A pepsina permite a conversão das proteínas
em polipeptídeos e aminoácidos e a renina coagula a proteína do leite.
Quando
a digestão estomacal é concluída, o piloro vai abrindo e liberando a pasta
ácida semi-líquida (quimo) do estômago para o duodeno em pequenas quantidades.
Os
líquidos demoram pouco a passar para o duodeno mas o estômago vai liberando seu
conteúdo meia-hora após o início da refeição e só é esvaziado de 2 a 3 horas
depois, dependendo do tipo do alimento.
Como as enzimas atuam no
duodeno e no intestino delgado ?
O
quimo recebido do estômago é misturado ao suco pancreático e intestinal (com
enzimas proteolíticas) e à bílis, que são lançados no duodeno através de
canais. O suco pancreático possui diversas enzimas, entre as quais a tripsina
(transforma proteínas em amino-ácidos), a amilase (transforma amido e dextrina
em maltose), a maltase (transforma maltose em glicose) e a lipase pancreática
(transforma gordura em ácidos graxos e glicerina).
Algumas
glândulas que revestem o intestino segregam as enzimas sacarase (transforma
sucrose em glicose e frutose), maltase, lactase (transforma lactose em glicose
e galactose), lipase, amilase e erepsina que em parte formam o suco intestinal.
A
ausência ou baixa atividade da lactase pode causar vários graus de intolerância
ao leite.
O
fígado emite a bílis, que apesar de não provocar transformações alimentares,
facilita a digestão diluindo o conteúdo intestinal, funcionando como
antisséptico, reduzindo a tensão superficial das gotas ou glóbulos de gordura
(o que facilita a digestão pela lipase do pâncreas e do intestino) e
impedindo-as de se aglutinar graças aos sais biliares. A bílis é uma substância
alcalina de cor verde e amarga e neutraliza a acidez do quimo vindo do
estômago.
Depois
de concluída a digestão intestinal, a massa alimentar fica reduzida a uma pasta
semi-líquida de aspecto leitoso (quilo) formada principalmente por água, sais
minerais, glicose, glicerina, ácidos graxos e aminoácidos, todos prontos para
serem absorvidos.
Como os nutrientes são
absorvidos ?
Na
membrana mucosa do intestino delgado ficam muitas reentrâncias e dobras
chamadas villi que aumentam a superfície de absorção em mais de 600 vezes o que
seria se o intestino fosse um simples cilindro.
Os
produtos da digestão são absorvidos por pequeninas artérias imediatamente sob o
epitélio nos villi.
Os
amino-ácidos, sais minerais e vitaminas solúveis em água são transportados pela
corrente sanguínea primeiro ao fígado e depois ao resto do corpo para reparar e
construir os tecidos e o excesso é convertido em uréia pelo fígado para ser
depois excretado pelos rins.
A
glicerina e os ácidos graxos são captados nos vasos linfáticos e novamente
reunidos em pequenos glóbulos de gordura. Esses glóbulos são depois
transportados pela corrente sanguínea para os tecidos, onde são consumidos em
reações de oxidação e/ou armazenados sob a forma de tecido adiposo.
Os
açúcares (sob a forma de monossacarídeos) são temporariamente armazenados no
fígado como glicogênio e liberados como glicose quando necessário.
Existe
uma espécie de inteligência intestinal descrita por Hunt, que nada mais é do
que a capacidade do delgado em absorver mais ou menos determinado grupo
alimentar, de acordo com a necessidade do organismo naquele momento.
O que acontece com o que
não é absorvido ?
Os
alimentos levam cerca de 4 horas para atravessar o intestino delgado (quase 7
metros ). Ao chegar ao intestino grosso ( 1,2 metros ), bactérias presentes
ainda segregam algumas enzimas que permitem que algumas substâncias resultantes
da digestão ainda sejam absorvidas.
Vários
tipos de bactérias habitam o intestino grosso e decompõem algumas fibras
indigeríveis, fermentam açúcares e decompõem algumas proteínas. Certas
bactérias podem sintetizar vitamina K e B. Ainda não está claro o quanto de
vitamina B pode ser absorvido pelo intestino grosso, mas metade da quantidade
necessária de vitamina K é de origem bacteriana.
Os
alimentos levam de 12 a 18 horas para alcançar o reto. Durante esse tempo a
água é absorvida e os dejetos são compactados gradualmente para serem
expelidos. São da maior importância estas etapas da excreção ou eliminação
porque no intestino grosso só restam substâncias tóxicas, como o escatol, que
se reabsorvidos por um atraso ou retardo no trânsito, como ocorre na prisão de
ventre, podem gerar aquilo que denominamos de auto-endo-intoxicação, que é
caracterizada por cansaço, desânimo, cefaléia, mau hálito, etc.
As enzimas atuam fora do
organismo ?
Enzimas
atuam na obtenção do álcool a partir dos açúcares (e dos açúcares a partir dos
amidos), reduzem o nitrogênio e o fósforo dos dejetos orgânicos, atuam nos
bolos (evitam que solem), aceleram a produção de cerveja, atuam na produção dos
queijos e removem a lactose, funcionam em detergentes, atuam em amaciantes de
roupa, atuam na produção de couros, atuam na produção de papel, atuam na
produção de dextrose, frutose (usados em confeitos e refrigerantes), amaciam o
algodão e clareiam o vinho e sucos.
As enzimas são consumidas
nos processos ?
Depois
de a reação se completar, a enzima fica intacta e disponível para iniciar outra
reação. Algumas enzimas são capazes de participar de milhares de reações em um
único minuto. Em princípio, isso pode continuar indefinidamente, mas na prática
a maioria das enzimas perde a estabilidade e capacidade de catalisar as
reações.
Há alguma demonstração prática
da atuação de enzimas ?
Sim.
Pegue um abacaxi fresco, e um recipiente com gelatina comum. Corte uma fatia do
abacaxi e coloque-a em cima da gelatina. Observe o que acontece. Algumas
embalagens de gelatina recomendam explicitamente não misturar com abacaxi. O
abacaxi contém enzimas que decompõem as proteínas da gelatina.
ENZIMAS
A
exposição dos alimentos temperaturas elevadas (cozimento, etc.), destrói as
enzimas neles contidos.
Quando
os alimentos não contêm as enzimas necessárias, o organismo é obrigado a usar
as suas próprias, gastando no processo energia e recursos.
Essa
é uma das vantagens da alimentação vegetariana Viva (crudívora ou crudicista)
sobre os alimentos cozinhados da alimentação dita normal.
Mas qual é afinal a
importância das enzimas?
Enzimas
são, em termos biológicos, compostos protéicos complexos, caracterizados por
longas cadeias de aminoácidos, unidos por ligações peptídicas.
Enzimas
são estruturas protéicas ativas, básicas, que são essenciais à vida.
Sem
enzimas a vida, como a conhecemos, não seria possível.
As
enzimas representam a fonte de energia orgânica e a vitalidade bioquímica
central de toda a estrutura viva existente, incluindo-se os animais, plantas,
algas e microorganismos.
As
enzimas são essenciais para a formação estrutural, crescimento, desintoxicação,
defesa e mecanismos de cura do nosso organismo. São fundamentais na regulação
das atividades bioquímicas do organismo, como a digestão e absorção de
alimentos, equilíbrio hormonal, atividade cerebral, humor, sexualidade,
circulação sanguínea, respiração, estímulos nervosos, reposição celular,
sistema imunológico, mecanismos dos sentidos (paladar, olfato, tato, visão e
audição) e outras.
Sem
enzimas, nem mesmo se efetiva a função de assimilação e distribuição de
vitaminas e sais minerais.
A
vitalidade e longevidade estão relacionadas às enzimas.
Toda
a nossa saúde depende da manutenção de níveis enzimáticos adequados.
Por
exemplo, são detectadas carências enzimáticas em muitos casos de doenças
crônicas, como câncer, reumatismo, artrite reumatóide, alergias, doenças
cardiovasculares, e muitas outras.
As
enzimas podem ser divididas em dois grupos, as endógenas e as exógenas.
As
endógenas ou internas, originam-se no próprio organismo e as exógenas ou
externas, são originadas fora do corpo e são obtidas dos alimentos ingeridos.
As
endógenas, dividem-se em metabólicas e digestivas.
As
metabólicas estão presentes nas células, no sangue e nos tecidos em geral.
As
digestivas estão presentes no trato digestivo.
Ao
nascer, recebemos um potencial enzimático metabólico limitado. É como se o
organismo recebesse uma “reserva” limitada para metabolizar enzimas.
Até
onde se sabe, quanto mais enzimas próprias o organismo precisa usar, ao longo
do tempo, menos capacidade lhe resta para manter os níveis enzimáticos
necessários. É como se essa “reserva” se fosse esgotando na medida em que vai
sendo usada. Quanto mais rapidamente usamos essa reserva, mais curta será nossa
vida e mais deficiente nossa saúde.
Os
níveis enzimáticos nos tecidos corporais são elevados na infância e reduzidos
na velhice. Um recém-nascido pode apresentar cerca de cem vezes mais enzimas na
corrente sanguínea do que um idoso (com alimentação cozinhada durante a sua
vida).
Por
outro lado um idoso apresenta cerca de mil vezes mais radicais livres no seu
organismo que o recém-nascido. O enfraquecimento dos níveis de enzimas está
ligado ao aumento de radicais livres, associado à carência de micro-minerais.
A
redução do potencial enzimático do organismo é causa de doenças degenerativas e
envelhecimento precoce.
Os
alimentos crus trazem consigo as enzimas necessárias à sua própria digestão.
As
nossas enzimas digestivas, presentes na saliva (ptialina), no estômago
(proteases), nos intestinos (lípases) e as produzidas pelo pâncreas, atuam como
reservas ou para complementar o processo digestivo. Normalmente o corpo conta
com a presença das enzimas digestivas que já vêm com os alimentos.
A redução do nosso
potencial enzimático é provocada principalmente e em ordem de importância, por:
A) Ingestão de alimentos pobres em enzimas
B ) Estresse
C) Consumo de álcool, açúcar e outros destruidores de
vitaminas e minerais
D) Uso excessivo de medicamentos
E) Poluição ambiental
Se
exposta ao calor intenso, uma enzima é completamente destruída, mas se mantida
a uma temperatura corporal, durante o tempo necessário, será ativada e
realizará adequadamente suas funções.
O
cozimento, ao destruir as enzimas de qualquer alimento, perturba a programação
biológica do organismo, aperfeiçoada durante milhões de anos, e cria uma
sobrecarga orgânica, já que provoca a necessidade de produção de enzimas
digestivas. A produção dessas enzimas digestivas desvia substâncias presentes
nas enzimas metabólicas. Desta forma é provocado um enfraquecimento das funções
gerais que dependem dessas enzimas, debilitando o organismo e expondo-o a
variadas moléstias.
Quando
comemos a comida cozinhada, para a sua digestão e assimilação, o corpo precisa
usar suas próprias enzimas. Essas enzimas a que o corpo precisa recorrer,
poderiam estar servindo para atividades mais importantes, tais como limpar o
fígado, proteção contra tumores, eliminação de radicais livres e toxinas em
geral. Tudo isso, porque o cozimento destruiu as enzimas que já estavam
contidas nos alimentos quando crus.
Sob
estresse, ocorrem importantes perdas minerais, o que enfraquece os níveis de
enzimas metabólicas e reduz a capacidade das digestivas.
O
açúcar refinado, é um produto desmineralizante, que rouba cálcio, magnésio e
vitaminas do complexo B, e é um agente enfraquecedor do organismo.
O
abuso de bebidas alcoólicas, reduz as reservas corporais de tiamina (vitamina
B1), e de outras vitaminas envolvidas com a estruturação enzimática.
O
uso constante de medicamentos, principalmente os antibióticos, enfraquece os
mecanismos de defesa do organismo, interfere nos processos de autoregulação e
homeostase, afetando as funções das enzimas.
A
poluição ambiental origina a ingestão de compostos químicos, moléculas
agressoras e metais pesados, que intoxicam e alteram as funções celulares,
prejudicando também a função das enzimas.
Esses
fatores associados causam um aumento de radicais livres, devido à incapacidade
das enzimas metabólicas de inibir a sua formação (radicais livres). Em
quantidades elevadas, esses radicais livres, interferem nas atividades
celulares, provocando mutações, erros genéticos, inibição de secreções
celulares e uma porção de outros problemas.
Outra
conseqüência, menos evidente, mas relevante, da diminuição dos níveis
enzimáticos do organismo, é que nos tornamos menos sensíveis aos outros e nós
próprios, prejudicando nossa espiritualidade. Gastamos energia demasiada na
desintoxicação e deixamos de usa-la para outras finalidades importantes.
Deus
abençoe a todos grandemente!
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