sábado, 29 de abril de 2017

BÍBLICO: Cristo Nosso Único Intercessor e Mediador


CRISTO NOSSO ÚNICO 
INTERCESSOR E MEDIADOR


O pecado de natureza particular deve ser confessado a Cristo, o único mediador entre Deus e o homem. Pois “se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. 1 João 2:1. Todo pecado é uma ofensa a Deus, e Lhe deve ser confessado por intermédio de Cristo
(A Ciência do Bom Viver,)

Deus Se aproxima de nós através de Jesus Cristo — o Mediador —o único caminho pelo qual Ele perdoa pecados. Não pode Deus perdoar pecados à custa de Sua justiça, santidade e verdade. Mas Ele o faz, e fá-lo plenamente. Não há pecado que Ele não possa perdoar mediante o Senhor Jesus Cristo. Essa é a única esperança do pecador
e se nela se apegar com fé sincera, pode estar certo do perdão, pleno e livre. Há somente um meio acessível a todos, e através dele o perdão rico e abundante aguarda o coração penitente e contrito, e os mais negros pecados são perdoados. 
(A fé pela qual eu Vivo, 99)

A fé que nos habilita a ver para além do presente, com seus fardos e cuidados, ao grande porvir em que tudo quanto nos traz agora perplexidade, será esclarecido. A fé vê Cristo posto como nosso Mediador, à destra de Deus. A fé contempla as mansões que Cristo foi preparar para aqueles que O amam. A fé vê as vestes e a coroa preparadas para o vencedor, e escuta o cântico dos remidos.
(A fé pela qual eu Vivo, 123)

Pelo sangue e pelo incenso deveriam aproximar-se de Deus — símbolos aqueles que apontam para o grande Mediador, por intermédio de quem os pecadores podem aproximar-se de Jeová, e por meio de quem unicamente, a misericórdia e a salvação podem ser concedidas à alma arrependida e crente.
(A fé pela qual eu Vivo, 195)


Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem. 1 Timóteo 2:5

E agora Ele intercede por você. É o grande Sumo Sacerdote que pleiteia em seu favor; e você deve ir e apresentar seu caso ao Pai por meio de Jesus Cristo. Assim terá acesso a Deus; e apesar de você pecar, seu caso não é perdido. “Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.” 1 João 2:1.
(A fé pela qual eu Vivo, 202)

Cristo é vosso Redentor; Ele não tirará nenhuma vantagem da confissão de vossas humilhações. Se tiverdes pecado de caráter oculto, confessai-o a Cristo, único Mediador entre Deus e o homem.
(A fé pela qual eu Vivo, 202)

A obra de Cristo no santuário celestial, apresentando a cada momento Seu próprio sangue perante o propiciatório, ao interceder por nós, deve impressionar-nos o coração para que compreendamos o valor de cada momento. Jesus vive sempre para interceder por nós, mas um momento gasto descuidadamente nunca poderá ser recuperado.
(A fé pela qual eu Vivo, 202)

Desde o pecado de nossos primeiros pais, não tem havido comunicação direta entre Deus e o homem. O Pai entregou o mundo nas mãos de Cristo, para que por Sua obra mediadora remisse o homem, e reivindicasse a autoridade e santidade da lei de Deus. Toda a comunhão entre o Céu e a raça decaída tem sido por meio de Cristo. Foi o Filho de Deus que fez a nossos primeiros pais a promessa de redenção. Foi Ele que Se revelou aos patriarcas. ... foi ... Ele que deu a Israel a lei. Por entre a tremenda glória do Sinai, Cristo declarou aos ouvidos de todo o povo os dez preceitos da lei de Seu Pai. Foi Ele que deu a Moisés a lei gravada em tábuas de pedra.
(A Maravilhosa Graça de Deus, 37)

Jesus era a luz de Seu povo — a luz do mundo — antes que viesse à Terra sob a forma humana. O primeiro raio de luz a penetrar a sombra em que o pecado envolveu o mundo, veio de Cristo. E dEle tem vindo todo raio da luz celestial que tem incidido sobre os habitantes da Terra. No plano da redenção, Cristo é o Alfa e o Ômega — o Primeiro e o Derradeiro.
(A Maravilhosa Graça de Deus, 37)

Depois de apontar para Cristo, o compassivo Intercessor que pode “compadecer-Se de nossas fraquezas”, diz o apóstolo: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça.”
(A Maravilhosa Graça de Deus, 62)


Orai, sim, orai com inabalável fé e confiança. O anjo do concerto, o próprio Senhor Jesus Cristo, é o Mediador que garante a aceitação das orações dos Seus crentes.
(A Maravilhosa Graça de Deus, 81)

As Escrituras ensinam aos homens como aproximar-se de seu Criador: em humildade
e temor, mediante fé num Mediador divino. Coloque-se o homem sobre os joelhos, como súditos da graça, um suplicante aos pés da misericórdia. Assim deve testificar de que toda a alma, corpo e espírito estão em sujeição a Seu Criador.
(A Maravilhosa Graça de Deus, 86)

Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus. Hebreus 9:24.

O pecado de Adão e Eva provocou terrível separação entre Deus e o homem. E Cristo Se interpõe entre o homem caído e Deus, e diz ao homem: “Você ainda pode vir ao Pai; há um plano elaborado, pelo qual Deus pode ser reconciliado com o homem, e o homem com Deus. Por meio de um Mediador, você pode aproximar-se de Deus.” E agora Ele permanece como Mediador por vós. É o grande sumo sacerdote que está pleiteando em vosso favor; e deveis vir e apresentar o vosso caso ao Pai por meio de Jesus Cristo. Assim podeis achar acesso a Deus.
(A Maravilhosa Graça de Deus, 151)

Cristo Jesus é apresentado como estando continuamente junto ao altar, oferecendo a cada momento sacrifício pelos pecados do mundo. Ele é ministro do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, não o homem.
(A Maravilhosa Graça de Deus, 151)

Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem. O qual a Si mesmo Se deu em resgate por todos. 1 Timóteo 2:5, 6.

Homem algum pode, olhando para dentro de si, encontrar em seu caráter o que quer que seja que o recomende a Deus, ou lhe assegure aceitação. É unicamente por Jesus, a quem o Pai deu para que o mundo vivesse, que o pecador pode encontrar acesso a Deus. Jesus, unicamente, é nosso Redentor, nosso Advogado e Mediador; nEle reside nossa única esperança de perdão, paz e justiça. É por virtude do sangue de Cristo que a alma, ferida de pecado, pode ser restaurada à santidade.
(A Maravilhosa Graça de Deus, 181)


A fé vê Jesus como Mediador, à destra de Deus. A fé contempla as mansões que Ele foi preparar para os que O amam. A fé vê as vestes e a coroa, tudo preparado para os vencedores. A fé ouve os hinos dos remidos, e traz próximo as glórias eternas. Precisamos achegar-nos bem a Jesus em obediência de amor, caso queiramos ver o Rei em Sua beleza.
(A Maravilhosa Graça de Deus, 345)

Deus e Cristo sabiam, desde o princípio, da apostasia de Satanás e da queda de Adão mediante o poder enganador do apóstata. O plano da salvação foi elaborado para remir a raça caída, para dar-lhe outra oportunidade. Cristo foi designado para o cargo de Mediador da criação de Deus, destinado desde a eternidade a ser nosso substituto e penhor.
(A Verdade Sobre os Anjos, 25)

Sua ressurreição e ascensão e Sua obra no Céu como Mediador do homem caído eram tópicos sobre os quais se regozijavam em relembrar. Os pagãos bem podiam chamá-los cristãos, uma vez que pregavam a Cristo e dirigiam suas orações a Deus por intermédio dEle.
(Atos dos Apóstolos, 87)

Devem exaltar a Cristo como Mediador do homem no santuário celestial; como Aquele em quem se centralizam todos os sacrifícios da dispensação do Antigo Testamento, e por cujo sacrifício expiatório os transgressores da lei de Deus podem encontrar paz e perdão.
(Atos dos Apóstolos, 128)

É dito de Cristo que andava no meio dos castiçais de ouro. Assim é simbolizada a Sua relação para com as igrejas. Ele está em constante comunicação com Seu povo. Conhece seu verdadeiro estado. Observa-lhe a ordem, piedade e devoção. Embora seja Sumo Sacerdote e Mediador no santuário celestial, é apresentado andando de um para outro lado entre as Suas igrejas terrestres. Com infatigável desvelo e ininterrupta vigilância, observa para ver se a luz de qualquer de Suas sentinelas está bruxuleando ou se extinguindo.
(Atos dos Apóstolos, 327)

A redenção é um tema que os anjos apreciam estudar; e será a ciência e o cântico dos remidos através dos séculos infindáveis da eternidade. Não seria esse um assunto digno de cuidadoso estudo desde agora? A infinita misericórdia e amor de Jesus e o sacrifício feito em nosso favor requerem a reflexão mais séria e solene. Devemos dedicar tempo para pensar no caráter do nosso querido Redentor e Intercessor. Devemos meditar sobre a missão dAquele que veio salvar Seu povo de seus pecados.
(Caminho a Cristo, 55)

Não vos curveis, cobrindo o rosto como se algo houvesse que desejais ocultar; erguei, porém, os olhos para o santuário celeste, onde Cristo, vosso Mediador, Se acha perante o Pai para apresentar as vossas súplicas, de mistura com Seus próprios méritos e imaculada justiça, qual odoroso incenso.
(Conselhos ao Professores, Pais e Estudantes, 242)

Cristo é vosso Redentor; Ele não tirará nenhuma vantagem da confissão de vossas humilhações. Se tiverdes pecado de caráter oculto, confessai-o a Cristo, único Mediador entre Deus e o homem. “Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo”. 1 João 2:1.
(Conselhos Para a Igreja, 264)

O pecado de natureza particular deve ser confessado a Cristo, o único mediador entre Deus e o homem. Pois “se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai. Jesus Cristo, o justo”. 1 João 2:1. Todo pecado é uma ofensa a Deus, e Lhe deve ser confessado por intermédio de Cristo.
(Conselhos Para a Igreja, 311)

Cristo ressuscitado dos mortos, assunto ao céu, nosso vivo Intercessor na presença de Deus, é a ciência da salvação que precisamos aprender e ensinar às crianças e jovens. Jesus declarou: “E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.”
(Conselhos sobre a Escola Sabatina, 124)

Quando Jesus Se erguer no lugar santíssimo, depuser Suas vestes de mediador e vestir os trajos de vingança, expedir-se-á a ordem: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; ... e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apocalipse 22:11, 12.
(Conselhos sobre Educação, 245)

Pelo sangue e pelo incenso deveriam aproximar-se de Deus—símbolos aqueles que apontam para o grande Mediador, por intermédio de quem os pecadores podem aproximar-se de Jeová, e por meio de quem unicamente, a misericórdia e a salvação podem ser concedidas à alma arrependida e crente.
(Cristo em seu Santuário, 34)

Cristo era o fundamento e a vida do templo. Os serviços deste eram típicos do sacrifício do Filho de Deus. O sacerdócio fora estabelecido para representar o caráter mediador e a obra de Cristo.
(Cristo em seu Santuário, 44)

“E assentar-Se-á, e dominará no Seu trono, e será sacerdote no Seu trono.” Agora não está “no trono de Sua glória”; o reino de glória ainda não foi inaugurado. Antes que termine a Sua obra como mediador, não Lhe dará Deus “o trono de Davi, Seu pai”, reino que “não terá fim.” Lucas 1:32, 33. Como sacerdote. Cristo hoje está assentado com o Pai em Seu trono. Apocalipse 3:21. No trono, com o Ser eterno e existente por Si mesmo, é Ele o que “tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si”; que “em tudo foi tentado, mas sem pecado”; para que possa “socorrer aos que são tentados.” “Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai.” Isaías 53:4; Hebreus 4:15; 2:18; 1 João 2:1. Sua intercessão é a de um corpo ferido e quebrantado, de uma vida imaculada. As mãos feridas, o lado traspassado, os pés cravejados, pleiteiam pelo homem decaído, cuja redenção foi comprada com tão infinito preço.
(Cristo em seu Santuário, 91)

Depois de travar-se a batalha do grande dia de Deus, quando o poder da rebelião estiver para sempre esmagado e a obra mediadora de Cristo for representada tão claramente em sua magnitude que todos os remidos da família de Deus, com claro entendimento, compreenderem a missão de Seu Filho como o remédio mediador para transformar a raça caída numa ordem de seres arrependidos, humildes e mansos — só então se verá, plenamente desenvolvida, a diferença entre a pessoa que serve a Deus e a que O não serve.
(Cristo Triunfante, 248)

Cristo não fora forçado a fazer isso [levar a culpa de um mundo que perecia]. Ele Se apresentara voluntariamente para depor a vida e salvar o mundo. As reivindicações do governo de Deus haviam sido mal compreendidas mediante as enganosas obras e palavras de Satanás, e a necessidade de um mediador foi vista e sentida pelo Pai e o Filho.
(Cristo Triunfante, 293)

Cristo anda no meio dos castiçais de ouro. Assim é simbolizada a Sua relação para com as igrejas. Ele está em constante comunicação com Seu povo. ... Conquanto seja sumo sacerdote e mediador no santuário celestial, é apresentado andando de um para outro lado entre as Suas igrejas terrestres.
(Cristo Triunfante, 346)

Sois aceitos no Amado. Tenho tido o mais ardente desejo de que aperfeiçoeis um caráter cristão, não em vossa própria força, mas no poder, na virtude, e na justiça de Cristo. A dádiva do Espírito Santo foi o maior dom que Deus podia conceder ao homem finito. Isto é franqueado a todos, e nessa dádiva não poderia haver computações; essa dotação assinalou especialmente a entronização do Filho unigênito de Deus em Seu reino mediador. Nessa dádiva do Consolador, o Senhor Deus do Céu demonstra ao homem a perfeita reconciliação que Ele efetuou entre Si mesmo e os seres humanos. “Temos [essa esperança]”, diz o apóstolo, “por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós.” Hebreus 6:19, 20.
(E Recebereis Poder, 114)

A fé vê Jesus posto como nosso Mediador, à destra de Deus. A fé contempla as mansões que Ele foi preparar para os que O amam. A fé vê as vestes e a coroa, tudo preparado para os vencedores. A fé ouve o cântico dos remidos, e aproxima as glórias eternas. Precisamos achegar-nos a Jesus em amor e obediência, caso queiramos ver o Rei em Sua beleza
(E Recebereis Poder, 371)

Aquele que é nosso Intercessor nas cortes celestiais purificará Seu povo. Cristo aperfeiçoará Seus santos.
(Este Dia com Deus, 73)

Contemplai a vida e o caráter de Cristo e estudai Sua obra intercessória. Nela há infinita sabedoria, amor infinito, justiça infinita e infinita misericórdia.
(Evangelismo, 120)

Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então começará este tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda alma, e não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Ao deixar Jesus Sua posição como intercessor do homem junto a Deus, faz-se o solene anúncio: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apocalipse 22:11. Então o Espírito repressor de Deus é retirado da Terra.
(Eventos  Finais, 253)
Mediante a perfeição do Seu caráter Ele foi aceito pelo Pai como mediador pelo homem pecaminoso.
(Exaltai-O, 24)

Apresenta a Cristo como o único Mediador entre Deus e a humanidade.
(Exaltai-O, 74)

Desde o princípio, Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás e da queda de Adão pelo poder enganador do apóstata. O plano da salvação foi elaborado para resgatar a raça decaída, para dar-lhes outra oportunidade. Cristo foi designado para a função de Mediador desde a criação efetuada por Deus, estabelecido desde a eternidade para ser nosso Substituto e Fiador.
(Exaltai-O, 75)

Os anjos de Deus estão sempre indo da Terra ao Céu e do Céu à Terra. ... E assim Cristo é o mediador da comunicação dos homens com Deus, e de Deus com os homens.
(Exaltai-O, 211)

Como objetos do amor de Deus, devemos ser-Lhe sempre gratos por termos um mediador, um advogado, um intercessor nos tribunais celestiais, o qual intercede por nós perante o Pai.
(Exaltai-O, 370)



Deus lhe abençoe!

sexta-feira, 28 de abril de 2017

SAÚDE: O emprego de remédios naturais


O EMPREGO DE REMÉDIOS NATURAIS

A doença nunca vem sem causa. O caminho é preparado, e a doença convidada, pela desconsideração para com as leis da saúde.

Muitos sofrem em consequência da transgressão dos pais. Embora não sejam responsáveis pelo que seus pais fizeram, é no entanto seu  dever procurar verificar o que é e o que não é violação das leis da saúde. Devem evitar os hábitos errôneos de seus pais, e mediante uma vida correta colocar-se em melhores condições.

O maior número, todavia, sofre devido a sua própria direção errônea. Desatendem aos princípios de saúde por seus hábitos de comer e beber, vestir e trabalhar.

Sua transgressão das leis da natureza produz os infalíveis resultados; e, ao sobrevir-lhes a doença, muitos não atribuem seu sofrimento à verdadeira origem, mas murmuram contra Deus por causa de suas aflições. Mas Deus não é responsável pelo sofrimento que se segue ao menosprezo da lei natural.

Deus nos dotou com certa quantidade de força vital. Formou-nos também com órgãos adequados à manutenção das várias funções da vida, e designa que esses órgãos operem juntamente, em harmonia.

 Se preservamos cuidadosamente a força vital, mantendo o delicado mecanismo do corpo em ordem, o resultado é saúde; mas, se a força vital é esgotada muito rapidamente, o sistema nervoso toma emprestado de seus fundos de resistência a força necessária para o uso, e, quando um órgão é prejudicado, todos são afetados.

A natureza sofre muito abuso sem aparente resistência; levanta-se então, fazendo decidido esforço para remover os efeitos do mau tratamento a que foi submetida. Seus esforços para corrigir estas condições manifestam-se muitas vezes em febre e várias outras formas de doença.

Quando o abuso da saúde é levado tão longe que traz em resultado a enfermidade, o doente pode muitas vezes fazer por si mesmo o que ninguém mais pode fazer.  A primeira coisa é verificar o verdadeiro caráter do mal, e então operar inteligentemente para remover a causa. Se a harmoniosa operação do organismo se desequilibrou por excesso de trabalho, de comida ou de outras irregularidades, não tenteis ajustar a desordem ajuntando uma carga de venenosos medicamentos.

A intemperança no comer é muitas vezes a causa da doença, e o que a natureza precisa mais é ser aliviada da indevida carga que lhe foi imposta. Em muitos casos de doença, o melhor remédio é o paciente jejuar por uma ou duas refeições, a fim de que os sobrecarregados órgãos digestivos tenham oportunidade de descansar.

Um regime de frutas por alguns dias tem muitas vezes produzido grande benefício aos que trabalham com o cérebro. Muitas vezes um breve período de inteira abstinência de comida, seguido de alimento simples e moderadamente tomado, tem levado à cura por meio dos próprios esforços recuperadores da natureza. Um regime de abstinência por um ou dois meses, haveria de convencer a muitos sofredores que a vereda da abnegação é o caminho para a saúde.

Alguns se tornam doentes por excesso de trabalho. Para esses, o descanso, a libertação do cuidado e um regime reduzido são essenciais à restauração da saúde.

Para os que estão mentalmente fatigados e nervosos devido a trabalho contínuo e restrita limitação de ambiente, uma visita ao campo, onde podem viver uma vida simples, livre de cuidado, pondo-se em íntimo contato com as coisas da natureza, será muito salutar. Vagar pelos campos e matas, apanhando flores, escutando os cânticos dos pássaros, fará por seu restabelecimento incomparavelmente mais que qualquer outro meio.

Na saúde e na doença, a água pura é uma das mais excelentes bênçãos do Céu. Foi a bebida provida por Deus para saciar a sede de homens e animais. Bebida abundantemente, ela ajuda a suprir as necessidades do organismo, e a natureza em resistir à doença.

A aplicação externa da água é um dos mais fáceis e mais satisfatórios meios de regular a circulação do sangue.

 Um banho frio ou fresco é excelente tônico.

O banho quente abre os poros, auxiliando assim na eliminação das impurezas.

Tanto os banhos quentes como os neutros acalmam os nervos e equilibram a circulação.

Muitos há, porém, que nunca aprenderam por experiência os benéficos efeitos do devido uso da água, têm medo dela. Os tratamentos hidroterápicos não são apreciados como deviam ser, e aplicá-los bem requer trabalho que muitos não estão dispostos a realizar. Mas ninguém se devia sentir desculpado de ignorância ou indiferença neste assunto. Há muitas maneiras pelas quais a água pode ser aplicada para aliviar o sofrimento e combater a doença. Todos devem se tornar entendidos no emprego da mesma, nos simples tratamentos domésticos. As mães, especialmente, devem saber tratar de sua família, tanto na saúde como na enfermidade.

A atividade é uma lei de nosso ser. Todo órgão do corpo tem sua obra designada, de cujo desempenho depende seu desenvolvimento e vigor. A função normal de todos os órgãos dá resistência e vigor, ao passo que o não usá-los leva à decadência e à morte. Atai um braço suspenso, mesmo por poucas semanas, e depois soltai-o de suas ligaduras, e vereis que se acha mais fraco do que o que mantivestes em uso moderado durante o mesmo período. A inação produz o mesmo efeito sobre todo o sistema muscular.

A inatividade é prolífera causa de doenças. O exercício aviva e equilibra a circulação do sangue, mas na ociosidade o sangue não circula livremente, e não ocorrem as mudanças que nele se operam, e são tão necessárias à vida e à saúde. Também a pele se torna inativa. As impurezas não são eliminadas, como seriam se a circulação houvesse sido estimulada por vigoroso exercício, a pele conservada em condições saudáveis, e os pulmões alimentados com abundância de ar puro, renovado. Esse estado do organismo lança um duplo fardo sobre o sistema excretor, dando em resultado a doença.

Os inválidos não devem ser animados a ficar inativos. Se houver sobrecarga em qualquer sentido, o repouso total por algum tempo impedirá por vezes uma doença séria; mas no caso de inválidos crônicos, raramente é necessário suspender toda a atividade.

Os que se acham esgotados em virtude de trabalho mental devem repousar dos pensamentos fatigantes, mas não devem ser levados a crer que seja perigoso usar de algum modo as faculdades mentais. Muitos são inclinados a considerar seu estado pior do que na realidade é. Esse estado de espírito não é favorável à cura, e não deve ser animado.

Muitos sofrem frequentemente doenças provenientes de pesado esforço mental não atenuado pelo exercício físico. O que essas pessoas precisam é de uma vida mais ativa. Hábitos de estrita temperança no viver, ao lado do conveniente exercício, assegurariam vigor tanto físico como mental, dando capacidade de resistência a todos os obreiros que trabalham com o cérebro.

Os que sobrecarregaram suas forças físicas não devem ser animados a abandonar inteiramente o trabalho manual. Mas o trabalho físico para produzir os melhores resultados deve ser sistemático e aprazível. O exercício ao ar livre é o melhor; deve ser arranjado de maneira a revigorar pelo uso os órgãos que se têm enfraquecido; convém que o coração esteja posto nisto. O trabalho manual nunca deveria degenerar em esforço excessivo.

Quando os inválidos nada têm em que ocupar o tempo e a atenção, seus pensamentos se concentram em si mesmos, e tornam-se mórbidos e irritáveis. Muitas vezes se preocupam com o mal que sentem, a ponto de se julgarem muito pior do que na realidade estão, e inteiramente incapazes de fazer qualquer coisa.

Em todos esses casos, o bem orientado exercício físico se demonstraria eficaz remédio. Em alguns casos, ele é indispensável à restauração da saúde. A vontade acompanha o trabalho das mãos; e o que esses inválidos precisam é do despertamento da vontade. Quando esta se encontra adormecida, a imaginação torna-se anormal, e é impossível resistir à doença.

A inatividade é a maior desgraça que poderia sobrevir à maioria desses enfermos. Ocupação leve em trabalho útil, ao passo que não sobrecarrega a mente e o corpo, tem uma benéfica influência sobre ambos. Fortalece os músculos, promove melhor circulação, ao mesmo tempo que dá ao inválido a satisfação de saber que não é inteiramente inútil neste atarefado mundo. Talvez não seja capaz de fazer senão pouco a princípio, mas em breve verificará que suas forças aumentam, e pode proporcionalmente aumentar a quantidade de trabalho.

O exercício é salutar aos dispépticos, pois fortalece os órgãos da digestão. Empenhar-se em difícil estudo ou exercício físico violento imediatamente depois de comer impede o trabalho digestivo; mas um pequeno passeio depois da refeição, com a cabeça erguida e os ombros para trás, é de grande benefício.

Não obstante tudo quanto se diz e escreve sobre sua importância, existem ainda muitos que negligenciam o exercício físico. Muitos se tornam corpulentos porque o organismo está carregado; outros ficam magros e fracos por terem exaustas as forças vitais em dar conta de um excesso de comida. O fígado é sobrecarregado em seu esforço de limpar o sangue das impurezas, dando em resultado a doença.

Aqueles cujos hábitos são sedentários devem, quando o tempo permitir, fazer exercício ao ar livre todos os dias, de verão e de inverno. Caminhar é preferível a andar a cavalo ou de carro, pois movimenta mais músculos. Os pulmões são forçados a uma ação benéfica, uma vez que é impossível andar em passo rápido sem os dilatar.

Tal exercício seria, em muitos casos, melhor para a saúde do que drogas. se comessem moderadamente, e fizessem animado e saudável exercício, recuperariam a saúde, economizando tempo e dinheiro.

Deus lhe abençoe!


(Fonte: A Ciência do Bom Viver)

SAÚDE: Os medicamentos não cura as doenças


OS MEDICAMENTOS NÃO CURAM AS DOENÇAS

Nunca foram mais necessários os conhecimentos dos princípios de saúde do que o são na atualidade. Apesar dos maravilhosos progressos em tantos ramos relativos aos confortos e comodidades da vida, mesmo no que respeita a questões sanitárias e tratamento de doenças, é alarmante o declínio do vigor físico e do poder de resistência.

Nossa civilização artificial está fomentando males que destroem os sãos princípios. Os costumes e as modas se acham em guerra com a natureza. As práticas a que eles obrigam, e as condescendências que fomentam, estão diminuindo rapidamente a resistência física e mental, e trazendo sobre as pessoas insuportável fardo.

Um costume que está deitando bases a vasta soma de doenças e males mais sérios ainda é o livre uso de drogas venenosas. Quando atacados pela enfermidade, muitos não se darão ao trabalho de descobrir a causa do mal. Sua principal ansiedade é verem-se livres da dor e dos desconfortos. Recorrem portanto a panacéias, cujas reais propriedades eles mal conhecem, ou recorrem a um médico para neutralizar os efeitos de seu mau proceder, mas sem nenhuma idéia de mudar seus nocivos hábitos. Caso não sintam benefícios imediatos, experimentam outro remédio, e depois outro. Assim continua o mal.

O povo precisa que se lhes ensine que as drogas não curam as doenças. É verdade que elas por vezes proporcionam temporário alívio, e o paciente parece restabelecer-se em resultado de havê-las usado; isso acontece porque a natureza possui bastante força vital para expelir o veneno, e corrigir as condições ocasionadoras do mal. A saúde é recuperada a despeito da droga. Mas na maioria dos casos ela apenas muda a forma e o local da doença. Muitas vezes o efeito do veneno parece ser vencido por algum tempo, mas os resultados permanecem no organismo, operando posteriormente grande dano.

Com o uso de drogas venenosas, muitos trazem sobre si doença para toda a vida, e perdem-se muitos que poderiam ser salvos com o emprego de métodos naturais. Os venenos contidos em muitos dos chamados remédios formam hábitos e apetites que importam em ruína tanto para o corpo como para a alma.

A única esperança de coisas melhores está na educação do povo nos verdadeiros princípios. Ensinem os médicos ao povo que o poder restaurador não se encontra em drogas, porém na natureza.

A doença é um esforço da natureza para libertar o organismo de condições resultantes da violação das leis da saúde. Em caso de doença, convém verificar a causa. As condições insalubres devem ser mudadas, os maus hábitos corrigidos. Então se auxilia a natureza em seu esforço para expelir as impurezas e restabelecer as condições normais no organismo.

Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino — eis os verdadeiros remédios.

 Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de aplicá-los. É essencial tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente esse conhecimento.

O uso dos remédios naturais requer certo cuidado e esforço que muitos não estão dispostos a exercer. O processo da natureza para curar e construir é gradual, e isso parece vagaroso ao impaciente. Demanda sacrifício e abandono das nocivas condescendências. Mas no fim se verificará que a natureza, não sendo estorvada, faz seu trabalho sabiamente e bem. Aqueles que perseveram na obediência a suas leis ceifarão galardão em saúde de corpo e de alma.

Bem pouca é a atenção dada em geral à conservação da saúde. É incomparavelmente melhor evitar a doença do que saber tratá-la uma vez contraída.

É o dever de toda pessoa, por amor de si mesma, e por amor da humanidade, instruir-se quanto às leis da vida, e a elas prestar conscienciosa obediência. Todos precisam familiarizar-se com esse organismo, o mais maravilhoso de todos, que é o corpo humano. Devem compreender as funções dos vários órgãos, e a dependência de uns para com os outros quanto ao são funcionamento de todos. Cumpre-lhes estudar a influência da mente sobre o corpo, e deste sobre aquela, e as leis pelas quais são eles regidos.

Nunca será demais lembrar que a saúde não depende do acaso. É resultado da obediência da lei.

Tudo quanto prejudica a saúde não somente diminui o vigor físico como tende a enfraquecer as faculdades mentais e morais.

Os que buscam a cura pela oração não devem negligenciar o emprego de remédios ao seu alcance. Não é uma negação da fé usar os remédios que Deus proveu para aliviar a dor e ajudar a natureza em sua obra de restauração. Não é nenhuma negação da fé cooperar com Deus, e colocar-se nas condições mais favoráveis para o restabelecimento. Deus pôs em nosso poder o obter conhecimento das leis da vida. Este conhecimento foi colocado ao nosso alcance para ser empregado. Devemos usar todo recurso para restauração da saúde, aproveitando-nos de todas as vantagens possíveis, agindo em harmonia com as leis naturais.

Certa ocasião, Cristo ungiu os olhos de um cego com terra, e mandou-lhe: “Vai, lava-te no tanque de Siloé. ... Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.” João 9:7. A cura poderia ser operada unicamente pelo poder do grande Médico; todavia, Cristo fez uso de simples agentes da natureza. Conquanto Ele não favorecesse as medicações de drogas, sancionou o emprego de remédios simples e naturais.

Deus lhe abençoe!




(Fonte: A Ciência do Bom Viver)

BÍBLICO: História da Redenção


A VERDADE ETERNA DE DEUS
“HISTÓRIA DA REDENÇÃO”


Lúcifer no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus.

Cristo, o amado Filho de Deus tinha preeminência sobre toda a hoste angélica. Ele era um com o Pai antes que os anjos fossem criados.

Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia a Cristo unicamente.

O grande Criador convocou as hostes celestiais, para na presença de todos os anjos conferir honra especial a Seu Filho.  O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor dEles. O Pai então fez saber que por Sua própria decisão Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar as hostes celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle.

Lúcifer estava invejoso e enciumado de Jesus Cristo.

Todos os anjos se curvaram ante Jesus reconhecendo Sua supremacia e alta autoridade e direito de governar

Cristo tinha sido introduzido no especial conselho de Deus na consideração de Seus planos, enquanto Lúcifer não participara deles. Ele não compreendia, nem lhe fora permitido conhecer, os propósitos de Deus. Mas, Cristo era reconhecido como o soberano do Céu, Seu poder e autoridade eram os mesmos de Deus.

Lúcifer aspirava a altura do próprio Deus. Gloriava-se na sua altivez.

Os anjos que eram leais e sinceros procuraram reconciliar este poderoso rebelde à vontade de seu Criador. Justificaram o ato de Deus em conferir honra a Seu Filho, e com fortes razões tentaram convencer Lúcifer que não lhe cabia menos honra agora, do que antes que o Pai proclamasse a honra que Ele tinha conferido a Seu Filho. Mostraram-lhe claramente que Cristo era o Filho de Deus, existindo com Ele antes que os anjos fossem criados, que sempre estivera à mão direita de Deus, e Sua suave, amorosa autoridade até o presente não tinha sido questionada; e que Ele não tinha dado ordens que não fossem uma alegria para a hoste celestial executar.

Cristo recebeu honra especial de Seu Pai, na presença dos anjos.

Muitos dos simpatizantes de Lúcifer estavam inclinados a ouvir o conselho dos anjos leais e se arrependeram de sua insatisfação, e de novo receberam a confiança do Pai e Seu amado Filho.

Os anjos leais apressaram-se a relatar ao Filho de Deus o que acontecera entre os anjos. Acharam o Pai em conferência com Seu Filho amado, para determinar os meios pelos quais, para o bem-estar dos anjos leais, a autoridade assumida por Satanás podia ser para sempre retirada.

Satanás estava guerreando contra a lei de Deus, por causa da ambição de exaltar-se a si mesmo, e por não desejar submeter-se à autoridade do Filho de Deus, o grande comandante celestial.

Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, mesmo Satanás, que Lhe rendessem implícita e inquestionável obediência a Cristo.

Deus declarou que os rebeldes não mais podiam permanecer no Céu. Seu estado elevado e feliz tinha sido conservado sob a condição de obediência à lei que Deus dera para governar as elevadas ordens de seres.

A felicidade da hoste angélica consistia em sua perfeita obediência à lei. Cada um tinha seu trabalho especial designado, e antes da rebelião de Satanás, existira no Céu perfeita ordem e ação harmônica.

Então houve guerra no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe do Céu, e Seus anjos leais empenharam-se num conflito com o grande rebelde e com aqueles que se uniram a ele. O Filho de Deus e os anjos verdadeiros e leais prevaleceram; e Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu. Toda a hoste celestial reconheceu e adorou o Deus da justiça. Nenhuma mácula de rebelião foi deixada no Céu. Tudo voltara a ser paz e harmonia como antes. Os anjos do Céu lamentaram a sorte daqueles que tinham sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era sentida no Céu.

O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade antes que ele pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse ao teste com o qual Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria o favor de Deus, podendo conversar com os anjos, e estes com ele. Deus não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência.

Pai e Filho empenharam-Se na grandiosa, poderosa obra que tinham planejado — a criação do mundo. A Terra saiu das mãos de seu Criador extraordinariamente bela.

Os anjos deleitavam-se e regozijavam-se com as maravilhosas obras de Deus.

Depois que a Terra foi criada, com sua vida animal, o Pai e o Filho levaram a cabo Seu propósito, planejado antes da queda de Satanás, de fazer o homem à Sua própria imagem. Eles tinham operado juntos na criação da Terra e de cada ser vivente sobre ela. E agora disse Deus a Seu Filho: “Façamos o homem à Nossa imagem.”

Ao sair Adão das mãos do Criador era de nobre estatura e perfeita simetria. Tinha mais de duas vezes o tamanho dos homens que ora vivem sobre a Terra, e era bem proporcionado. Suas formas eram perfeitas e cheias de beleza. Sua cútis não era branca ou pálida, mas rosada, reluzindo com a rica coloração da saúde. Eva não era tão alta quanto Adão. Sua cabeça alcançava pouco acima dos seus ombros. Ela, também, era nobre, perfeita em simetria e cheia de beleza.

Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais. Estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los.

Uma porção de seu tempo (Adão e Eva) devia ser ocupada com a feliz tarefa de cuidar do jardim, e a outra porção para receber a visita dos anjos, ouvir suas instruções, e em feliz meditação.

Neste jardim o Senhor colocou árvores de toda variedade para utilidade e beleza. Havia árvores carregadas de luxuriantes frutos, de rica fragrância, belos aos olhos e agradáveis ao paladar, designados por Deus para alimento do santo par.

Pássaros de toda a variedade de cores e plumagens esvoaçavam entre as árvores e flores e em volta de Adão e Eva, enquanto seu melodioso canto ecoava entre as árvores em doces acordes de louvor a seu Criador.

Adão e Eva estavam encantados com as belezas de seu lar edênico. Eram deleitados com os pequenos cantores em torno deles, os quais usavam sua brilhante e graciosa plumagem, e gorjeavam seu feliz, jubiloso canto. O santo par unia-se a eles e elevava sua voz num harmonioso cântico de amor, louvor e adoração ao Pai e a Seu amado Filho pelos sinais de amor ao seu redor. Reconheciam a ordem e a harmonia da criação, que falavam de sabedoria e conhecimento infinitos.

Quando Adão e Eva foram colocados no belo jardim, tinham para sua felicidade tudo que pudessem desejar. Mas Deus determinou em Seu plano onisciente, testar sua lealdade antes que eles pudessem ser considerados eternamente fora de perigo. Teriam Seu favor, Ele conversaria com eles e eles com Ele. Contudo, Ele não colocou
o mal fora do seu alcance. A Satanás foi permitido tentá-los. Se resistissem às tentações haveriam de estar no perpétuo favor de Deus e dos anjos celestiais.

A hora dos alegres e felizes cânticos de louvor a Deus e Seu amado Filho chegara. Satanás tinha dirigido o coro celestial. Tinha ferido a primeira nota; então toda a hoste angélica havia-se unido a ele, e gloriosos acordes musicais haviam ressoado através do Céu em honra a Deus e Seu amado Filho.

Deus reuniu a hoste angélica para tomar medidas e impedir o perigo ameaçador. Ficou decidido no concílio celestial que anjos deviam visitar o Éden e advertir Adão de que ele estava em perigo pela presença de um adversário. Dois anjos apressaram-se a visitar nossos primeiros pais. O santo par recebeu-os com inocente alegria, expressando gratidão a seu Criador por assim havê-los rodeado com tal profusão de Sua bondade. Todas as coisas amáveis e atrativas eram para sua alegria e tudo parecia sabiamente adaptado às suas necessidades; e o que estimavam acima de todas as outras bênçãos, era a associação com o Filho de Deus e com os anjos celestiais, pois tinham muito a relatar-lhes a cada visita, sobre suas novas descobertas das belezas naturais de seu lar edênico, e tinham muitas perguntas a fazer relativas a muita coisa que só podiam compreender indistintamente.

Os anjos benévola e amorosamente davam a informação que desejavam. Também contaram a triste história da rebelião e queda de Satanás. Então, claramente informaram-nos de que a árvore do conhecimento fora colocada no jardim para ser um penhor de sua obediência e amor a Deus; que a elevada e feliz condição de santos anjos seria conservada sob a condição de obediência; que eles estavam numa situação similar; que podiam obedecer à lei de Deus e ser inexprimivelmente felizes, ou desobedecer e perder sua elevada condição e serem mergulhados num desespero irremediável.

Contaram a Adão e Eva que Deus não os compelia a obedecer — que Ele não removera deles o poder de seguirem ao contrário de Sua vontade; que eles eram agentes morais, livres para obedecer ou desobedecer. Havia apenas uma proibição que Deus considerara próprio impor-lhes. Se transgredissem a vontade de Deus certamente morreriam. Contaram a Adão e Eva que o mais exaltado anjo, imediato a Cristo, recusara obedecer à lei de Deus, a qual tinha Ele ordenado para governar os seres celestiais; que esta rebelião causara guerra no Céu, a qual resultara na expulsão dos rebeldes, de todos aqueles que se uniram a ele em pôr em dúvida a autoridade do grande Jeová; e que o rebelde caído era agora inimigo de tudo o que interessasse a Deus e Seu amado Filho.

Contaram-lhes que Satanás propusera-se fazer-lhes mal, e que era necessário estarem alerta, porque podiam entrar em contato com o inimigo caído; mas, que não podia causar-lhes dano enquanto rendessem obediência aos mandamentos de Deus, e que, se necessário, todos os anjos do Céu viriam em seu auxílio antes que ele pudesse de alguma maneira prejudicá-los. Mas se desobedecessem ao mandamento de Deus, então Satanás teria poder para sempre molestá-los, confundi-los e causar-lhes dificuldades. Se permanecessem resolutos contra as primeiras insinuações de Satanás, estariam tão seguros quanto os anjos celestiais. Mas, se cedessem ao tentador, Aquele que não poupou os exaltados anjos, não os pouparia. Deviam sofrer o castigo da sua transgressão, pois a lei de Deus é tão sagrada como Ele próprio, e Deus requer implícita obediência de todos no Céu e na Terra.

Os anjos preveniram Eva para que não se separasse do marido em suas ocupações, pois podia ser levada a um contato com esse inimigo caído. Se se separassem um do outro, estariam em maior perigo do que se ficassem juntos. Os anjos insistiram que seguissem bem de perto as instruções dadas por Deus com referência à árvore do conhecimento, que na obediência perfeita estariam seguros, e que o inimigo não teria poder para enganá-los. Deus não permitiria que Satanás seguisse o santo par com contínuas tentações. Poderia ter acesso a eles apenas na árvore do conhecimento do bem e do mal.

Adão e Eva asseguraram aos anjos que nunca transgrediriam o expresso mandamento de Deus, pois era seu mais elevado prazer fazer a Sua vontade. Os anjos associaram-se a Adão e Eva em santos acordes de harmoniosa música, e como seus cânticos ressoassem cheios de alegria pelo Éden, Satanás ouviu o som de suas melodias de adoração ao Pai e ao Filho. E quando Satanás o ouviu, sua inveja, ódio e malignidade aumentaram, e ele expressou a seus seguidores a sua ansiedade por incitá-los (Adão e Eva) a desobedecer, atraindo assim sobre eles a ira de Deus e mudando os seus cânticos de louvor em ódio e maldições ao seu Criador.

Deus instruíra nossos primeiros pais quanto à árvore do conhecimento, e eles foram plenamente informados da queda de Satanás, e do perigo de ouvirem as suas sugestões. Ele não os privou da faculdade de comerem do fruto proibido. Deixou que como agentes morais livres cressem na Sua palavra, obedecessem a Seus mandamentos e vivessem, ou cressem no tentador, desobedecessem e morressem. Ambos comeram, e a grande sabedoria que obtiveram foi o conhecimento do pecado e o senso de culpa. A veste de luz que os rodeara, agora desapareceu, e sob um senso de culpa e a perda de sua divina cobertura, um tremor tomou posse deles, e procuraram cobrir suas formas expostas.

Nossos primeiros pais escolheram crer nas palavras, como pensavam, de uma serpente, ainda que esta não tivesse dado nenhuma prova de seu amor. Nada tinha feito para sua felicidade e benefício, enquanto Deus lhes tinha dado todas as coisas que eram boas para comer e agradáveis à vista. Em qualquer lugar que a vista repousasse havia abundância e beleza; ainda assim Eva foi iludida pela serpente, a pensar que existia alguma coisa oculta que podia fazê-la sábia, como o próprio Deus. Em vez de crer e confiar em Deus, ela vilmente descreu de Sua bondade e acatou as palavras de Satanás.

Depois de sua transgressão, Adão a princípio imaginou-se a entrar para uma nova e mais elevada existência. Mas logo o pensamento de seu pecado o encheu de terror. O ar que até então havia sido de uma temperatura amena e uniforme, parecia regelá-los. O culposo par experimentava uma intuição de pecado. Sentiam um terror pelo futuro, uma sensação de necessidade, uma nudez de alma. Desapareceram o doce amor e a paz e feliz contentamento que haviam gozado, e em seu lugar veio uma sensação de carência que nunca tinham experimentado antes. Pela vez primeira puseram sua atenção no exterior. Eles não tinham estado vestidos, mas rodeados de luz como os anjos celestiais. Esta luz com a qual estavam circundados tinha sido retirada. Para aliviar o senso de carência e nudez que experimentavam, trataram de procurar uma cobertura para suas formas, pois como podiam, desvestidos, defrontar o olhar de Deus e dos anjos?

Satanás exultou com seu êxito. Tinha agora tentado a mulher a desconfiar de Deus, a duvidar de Sua sabedoria, e a procurar penetrar em Seus oniscientes planos. E por seu intermédio ele também causou a ruína de Adão, que, em conseqüência de seu amor por Eva, desobedeceu ao mandado de Deus e caiu com ela.

As novas da queda do homem se espalharam através do Céu. Toda harpa emudeceu. Os anjos com tristeza arremessaram da cabeça as suas coroas. Todo o Céu estava em agitação. Os anjos sentiram-se magoados com a vil ingratidão do homem em retribuição da rica generosidade que Deus proporcionara. Um concílio foi convocado para decidir o que se deveria fazer com o par culpado. Os anjos temiam que eles estendessem as mãos e comessem da árvore da vida, tornando-se pecadores imortais.

O Senhor visitou Adão e Eva, e tornou conhecidas as conseqüências de sua transgressão. Em sua inocência e santidade tinham eles alegremente recebido a majestosa aproximação de Deus, mas agora escondiam-se de Sua inspeção. Mas “chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a Tua voz soar no jardim, e temi porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” Esta pergunta foi formulada pelo Senhor, não porque Ele necessitasse de informação, mas para fixar a responsabilidade do culpado par. Que fizeste para te tornares envergonhado e com medo? Adão reconheceu sua transgressão, não porque estivesse arrependido de sua grande desobediência, mas para lançar censura a Deus: “A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e eu comi.” Quando foi perguntado à mulher: “Por que fizeste isto?” ela respondeu: “A serpente me enganou, e eu comi.”

A Adão disse o Senhor: “Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó, e em pó te tornarás.”

Deus amaldiçoou a terra por causa do pecado de Adão e Eva em comer da árvore do conhecimento e declarou: “Com dor comerás dela todos os dias da tua vida.” Deus tinha partilhado com eles o bem, mas retido o mal. Agora declara que comerão dele, isto é, devem ser relacionados com o mal todos os dias de sua vida.

Daquele tempo em diante o gênero humano seria afligido pelas tentações de Satanás. Uma vida de perpétua labuta e ansiedade foi designada a Adão, em vez do alegre e feliz labor que tivera até então gozado. Estariam sujeitos ao desapontamento, pesares, dor, e finalmente à morte. Foram feitos do pó da terra, e ao pó deviam voltar.

O céu encheu-se de tristeza quando se compreendeu que o homem estava perdido, e que o mundo que Deus criara deveria encher-se de mortais condenados à miséria, enfermidade e morte, e não haveria um meio de livramento para o transgressor. A família inteira de Adão deveria morrer.

Vi o adorável Jesus, e contemplei uma expressão de simpatia e tristeza em Seu rosto. Logo eu O vi aproximar-Se da luz extraordinariamente brilhante que cercava o Pai. Disse meu anjo assistente: Ele está em conversa íntima com o Pai. A ansiedade dos anjos parecia ser intensa enquanto Jesus Se comunicava com Seu Pai. Três vezes foi encerrado pela luz gloriosa que havia em redor do Pai; e na terceira vez Ele veio de Seu Pai, e podia-se ver a Sua pessoa. Seu semblante estava calmo, livre de toda a perplexidade e inquietação, e resplandecia de benevolência e amabilidade, tais como não podem exprimir as palavras.

Fez então saber à hoste angélica que um meio de livramento fora estabelecido para o homem perdido. Dissera-lhes que estivera a pleitear com Seu Pai, e oferecera-Se para dar Sua vida como resgate, e tomar sobre Si a sentença de morte, a fim de que por meio dEle o homem pudesse encontrar perdão; que pelos méritos de Seu sangue, e obediência à lei divina, ele poderia ter o favor de Deus, e ser trazido para o belo jardim e comer do fruto da árvore da vida.

A princípio os anjos não puderam regozijar-se, pois seu Comandante nada escondeu deles, mas desvendou-lhes o plano da salvação. Jesus lhes disse que ficaria entre a ira de Seu Pai e o homem culpado, que Ele arrostaria a iniqüidade e o escárnio, e que poucos apenas O receberiam como o Filho de Deus. Quase todos O odiariam e rejeitariam. Ele deixaria toda a Sua glória no Céu, apareceria na Terra como um homem, humilhar-Se-ia como um homem, familiarizar-Se-ia pela Sua própria experiência com as várias tentações com que o homem seria assediado, a fim de que pudesse saber como socorrer os que fossem tentados; e que, finalmente, depois que Sua missão como ensinador se cumprisse, seria entregue nas mãos dos homens, e suportaria quantas crueldades e sofrimentos Satanás e seus anjos pudessem inspirar ímpios homens a infligir; que Ele morreria a mais cruel das mortes, suspenso entre o céu e a terra, como um pecador criminoso; que sofreria terríveis horas de agonia, com que o sofrimento físico de nenhuma maneira se poderia comparar. O peso dos pecados do mundo inteiro estaria sobre Ele. Disse-lhes que morreria, e ressuscitaria no terceiro dia, e ascenderia a Seu Pai para interceder pelo homem transviado e culposo.

Os anjos prostraram-se diante dEle. Ofereceram suas vidas. Jesus lhes disse que pela Sua morte salvaria a muitos; que a vida de um anjo não poderia pagar a dívida. Sua vida unicamente poderia ser aceita por Seu Pai como resgate pelo homem. Jesus também lhes disse que teriam uma parte a desempenhar — estar com Ele, e O fortalecer em várias ocasiões. Que Ele tomaria a natureza decaída do homem, e Sua força não seria nem mesmo igual à deles. E seriam testemunhas de Sua humilhação e grandes sofrimentos. E, ao testemunharem Seus sofrimentos e o ódio dos homens para com Ele, agitar-se-iam pelas mais profundas emoções, e pelo seu amor para com Ele desejariam livrá-Lo, libertá-Lo de Seus assassinos; mas que não deveriam intervir para impedir qualquer coisa que vissem; e que desempenhariam uma parte em Sua ressurreição; que o plano da salvação estava ideado, e Seu Pai aceitaria esse plano.

Com santa tristeza Jesus consolou e animou os anjos, e os informou de que dali em diante aqueles que Ele remisse estariam com Ele, e com Ele sempre morariam; e que pela Sua morte resgataria a muitos, e destruiria aquele que tinha o poder da morte. E Seu Pai Lhe daria o reino, e a grandeza do reino sob todo o Céu, e Ele o possuiria para todo o sempre. Satanás e os pecadores seriam destruídos para nunca mais perturbarem o Céu, ou a nova Terra purificada. Jesus ordenou que o exército celestial se conformasse com o plano que Seu Pai aceitara, e se regozijassem de que o homem decaído de novo pudesse ser exaltado mediante a Sua morte, a fim de obter o favor de Deus e gozar o Céu.

Então a alegria, inexprimível alegria, encheu os Céus. E a hoste celestial cantou um cântico de louvor e adoração. Tocaram harpas e cantaram em tom mais alto do que o tinham feito antes, pela grande misericórdia e condescendência de Deus, entregando o Seu mui amado para morrer por uma raça de rebeldes. Derramaram-se louvor e adoração pela abnegação e sacrifício de Jesus; por consentir Ele em deixar o seio de Seu Pai e optar por uma vida de sofrimento e angústia, e morrer uma morte ignominiosa a fim de dar Sua vida por outros.


Pensais que o Pai entregou Seu mui amado Filho sem esforço? Não, absolutamente. Foi mesmo uma luta, para o Deus do Céu, decidir se deixaria o homem culpado perecer, ou dar Seu amado Filho para morrer por ele. Os anjos estavam tão interessados na salvação do homem que se podiam encontrar entre eles os que deixariam sua glória e dariam a vida pelo homem que ia perecer. Mas, disse o anjo, isto nada adiantaria. A transgressão era tão grande que a vida de um anjo não pagaria a dívida. Nada a não ser a morte e intercessão de Seu Filho pagaria essa dívida, e salvaria o homem perdido da tristeza e miséria sem esperanças.

Mas foi aos anjos designada a obra de subirem e descerem com bálsamo fortalecedor, trazido da glória, a fim de mitigar ao Filho do homem os Seus sofrimentos, e ministrar-Lhe. Seria também sua obra proteger e guardar os súditos da graça, contra os anjos maus e as trevas que constantemente Satanás arremessa em redor deles.

era impossível a Deus alterar ou mudar Sua lei, para salvar o homem perdido, e que ia perecer; portanto, Ele consentiu em que Seu amado Filho morresse pela transgressão do homem.

Todo o Céu pranteou como resultado da desobediência e queda de Adão e Eva, a qual trouxe a ira de Deus sobre a raça humana. Foram cortados da comunicação com Deus e precipitados em desesperadora miséria. A lei de Deus não podia ser mudada para atender as necessidades humanas, pois no planejamento divino ela jamais iria perder a sua força nem dispensar a mínima parte de seus reclamos.

Os anjos de Deus foram comissionados a visitar o decaído par e informá-los de que embora não pudessem mais reter a posse de seu estado santo, seu lar edênico, por causa da transgressão da lei de Deus, seu caso não era, contudo, sem esperança.  oram então informados de que o Filho de Deus, que conversara com eles no Éden, fora tocado de piedade ao contemplar sua desesperada condição, e voluntariamente tomara sobre Si a punição devida a eles, e morreria para que o homem pudesse viver, mediante a fé na expiação que Cristo propôs fazer por ele. Mediante Cristo a porta da esperança estava aberta, para que o homem, não obstante seu grande pecado, não ficasse sob o absoluto controle de Satanás. A fé nos méritos do Filho de Deus elevaria o homem de tal maneira que ele poderia resistir aos enganos de Satanás. Um período de graça ser-lhe-ia concedido pelo qual, mediante uma vida de arrependimento e fé na expiação do Filho de Deus, ele pudesse ser redimido de sua transgressão da lei do Pai, e assim ser elevado a uma posição em que seus esforços para guardar Sua lei fossem aceitos.

Os anjos relataram-lhes a tristeza que sentiram no Céu, quando foi anunciado que eles tinham transgredido a lei de Deus, o que tornou necessário que Cristo fizesse o grande sacrifício de Sua própria preciosa vida.

Quando Adão e Eva compreenderam quão exaltada e sagrada era a lei de Deus, cuja transgressão fez necessário um dispendioso sacrifício para salvá-los e a sua posteridade da ruína total, pleitearam sua própria morte, ou que eles e sua posteridade fossem deixados a sofrer a punição de sua transgressão, de preferência a que o amado
Filho de Deus fizesse este grande sacrifício. A angústia de Adão aumentou. Viu que seus pecados eram de tão grande magnitude que envolviam terríveis conseqüências. Seria possível que o honrado Comandante celestial, que tinha andado com ele e com ele conversado quando de sua santa inocência, a quem os anjos honravam e adoravam, seria possível que Ele tivesse de Se rebaixar de Sua exaltada posição para morrer por causa da transgressão dele?

Adão foi informado de que a vida de um anjo não podia pagar o seu débito. A lei de Jeová, o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra, era tão sagrada como Ele próprio; e por esta razão a vida de um anjo não podia ser aceita por Deus como sacrifício por sua transgressão. Sua lei é mais importante a Seus olhos, do que os santos anjos ao redor de Seu trono. O Pai não podia abolir nem mudar um preceito de Sua lei para socorrer o homem em sua condição perdida. Mas, o Filho de Deus, que em associação com o Pai criara o homem, podia fazer pelo homem uma expiação aceitável a Deus, dando Sua vida em sacrifício e arrostando a ira de Seu Pai. Os anjos informaram a Adão que, como sua transgressão tinha produzido morte e infelicidade, vida e imortalidade seriam produzidas mediante o sacrifício de Jesus Cristo.

A Adão foram revelados importantes eventos futuros, de sua expulsão do Éden ao dilúvio e progressivamente até o primeiro advento de Cristo sobre a Terra; Seu amor por Adão e sua posteridade levaria o Filho de Deus a condescender em tomar a natureza humana, e assim elevar, mediante Sua própria humilhação, todos aqueles que nEle cressem. Tal sacrifício era de suficiente valor para salvar o mundo inteiro; mas apenas uns poucos se beneficiariam da salvação a eles levada por um tão maravilhoso sacrifício. Muitos não se satisfariam com as condições requeridas deles para serem participantes de Sua grande salvação. Eles prefeririam o pecado e transgressão da lei de Deus antes que arrependimento e obediência, pela fé nos méritos do sacrifício oferecido. Este sacrifício era de um valor tão infinito que tornava o homem que dele se prevalecesse, mais precioso do que o ouro fino, mais precioso mesmo que uma cunha de ouro de Ofir.

Adão foi transportado através de sucessivas gerações e viu o incremento do crime, da culpa e degradação, porque o homem renderse-ia às sua fortes inclinações naturais para transgredir a santa lei de Deus. Foi-lhe mostrada a maldição de Deus caindo cada vez mais pesadamente sobre a raça humana, sobre os animais e sobre a Terra, por causa da contínua transgressão do homem. Viu que a iniqüidade e a violência aumentariam constantemente; contudo em meio a toda maré da miséria e infortúnio humanos, existiram sempre uns poucos que preservariam o conhecimento de Deus e permaneceriam imaculados em meio à degeneração moral prevalecente. Adão foi levado a compreender o que o pecado é: transgressão da lei. Foi-lhe mostrado que a degenerescência moral, mental e física seria para a raça o resultado da transgressão, até que o mundo se encheria com a miséria humana de toda espécie.

Os dias do homem foram encurtados por seu próprio curso de pecados na transgressão da justa lei de Deus. A raça foi afinal tão grandemente rebaixada que parecia inferior e quase sem valor. Os homens foram em geral incapazes de apreciar o mistério do Calvário, os grandes e elevados fatos da expiação, e o plano da salvação, por causa da condescendência da mente carnal. Contudo, não obstante a debilidade, e enfraquecimento do poder mental, moral e físico da raça humana, Cristo, fiel ao propósito pelo qual deixara o Céu, mantém o Seu interesse pelos fracos, desvalidos e degenerados espécimes de humanidade, e convida-os a ocultar nEle suas fraquezas e grandes deficiências. Se vierem a Ele, Ele suprirá todas as suas necessidades.

Pelo ato do sacrifício o pecador reconhecia sua culpa e manifestava sua fé, olhando para o grande e perfeito sacrifício do Filho de Deus, que as ofertas de animais prefiguravam. Sem a expiação do Filho de Deus não poderia haver comunicação de bênçãos ou salvação de Deus ao homem. Deus tinha zelo pela honra de Sua lei. A transgressão desta lei causou uma terrível separação entre Deus e o homem. A Adão em sua inocência fora assegurada comunhão, direta, livre e feliz, com seu Criador. Depois de sua transgressão Deus Se comunicaria com o homem mediante Cristo e os anjos.



(Fonte: História da Redenção, Capítulos: 1, 2, 3, 4, 5)