domingo, 21 de maio de 2017

BÍBLICO: A Cura da Alma


A cura da alma

Muitos dos que iam ter com Cristo em busca de auxílio, haviam trazido sobre si a enfermidade; todavia, Ele não Se recusava a curá-los. E quando a virtude que dEle provinha penetrava nessas pessoas, elas experimentavam a convicção do pecado, e muitos eram curadosde sua enfermidade espiritual, bem como da doença física.

Entre esses estava o paralítico de Cafarnaum. Como o leproso, esse paralítico perdera toda esperança de restabelecimento. Sua doença era o resultado de uma vida pecaminosa, e seus sofrimentos eram amargurados pelo remorso.

O paralítico imergira no desespero. Ouviu então contar as obras de Jesus. Outros, tão pecadores e desamparados como ele, haviam sido curados, e foi animado a crer que também ele o poderia ser, se fosse levado ao Salvador.

Seu grande desejo era o alívio do grande fardo do pecado. Ansiava ver a Jesus, e receber a certeza do perdão e a paz com o Céu. Então estaria contente de viver ou morrer, segundo a vontade de Deus.

Não havia tempo a perder; sua carne consumida já apresentava indícios de morte. Suplicou aos amigos que o conduzissem em seu leito a Jesus, o que empreenderam satisfeitos. Tão compacta era, porém, a multidão que se aglomerara dentro e em volta da casa em que estava o Salvador, que era impossível ao doente e seus amigos chegarem até Ele, ou mesmo pôr-se-Lhe ao alcance da voz. Jesus estava ensinando na casa de Pedro.

Repetidamente procuraram os condutores do paralítico forçar caminho por entre a multidão, mas nulos eram seus esforços. O doente olhava em redor com inexprimível angústia. Como poderia ele abandonar a esperança quando tão perto estava o anelado auxílio? Por sugestão sua, os amigos o suspenderam para o telhado da casa e, abrindo o teto, baixaram-no aos pés de Jesus.

O discurso foi interrompido. O Salvador contemplou a dolorosa fisionomia, e viu os olhos súplices nEle cravados. Bem conhecia Ele o anelo daquela alma oprimida. Fora Cristo quem lhe infundira convicção à consciência quando ele ainda se achava na própria casa.

Quando se arrependera de seus pecados, e crera no poder de Jesus para restaurá-lo, a misericórdia do Salvador lhe abençoara o coração.

Jesus observava o desenvolver-se no primeiro tênue raio de fé a convicção de que Ele era o único auxílio do pecador, e a vira se fortalecer a cada esforço por chegar à Sua presença.

Fora Cristo que atraíra o sofredor a Si. Agora, em palavras que soavam qual música
aos ouvidos atentos do enfermo, o Salvador disse: “Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados.” Mateus 9:2.

O peso da culpa cai da alma do doente. Não pode duvidar. As palavras de Cristo revelam Seu poder de ler o coração. Quem pode negar Seu poder de perdoar pecados? A esperança toma o lugar do desespero, e a alegria o do opressivo acabrunhamento. Desaparece o sofrimento físico do homem, e todo o seu ser se acha transformado. Sem mais nada pedir, repousa em tranquilo silêncio, demasiado feliz para falar.

Então aquele que havia sido levado num leito a Jesus pôs-se de pé com a elasticidade e a força de um jovem. E “tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.” Marcos 2:12.

Nada menos do que poder criador é o que foi requerido para restituir à saúde aquele corpo em decadência. A mesma voz que comunicou vida ao homem criado do pó da terra infundira vida ao paralítico moribundo. E o mesmo poder que dera vida ao corpo renovara o coração. Aquele que, na criação, “falou, e tudo se fez”, que “mandou, e logo tudo apareceu” (Salmos 33:9), comunicara vida à alma morta em ofensas e pecados. A cura do corpo era uma evidência do poder que renovara o coração. Cristo mandou que o paralítico se erguesse e andasse, “para que saibais”, disse Ele, “que o Filho do Homem tem na Terra autoridade para perdoar pecados”. Mateus 9:6.

O paralítico encontrou em Cristo tanto a cura da alma como a do corpo. Ele necessitava saúde da alma antes de poder apreciar a do corpo. Antes de poder ser curada a enfermidade física, Cristo precisava dar alívio à mente, e purificar a alma do pecado.

Essa lição não deve ser passada por alto. Existem hoje milhares de pessoas a sofrer de doenças físicas, as quais, como o paralítico, estão ansiando a mensagem: “Perdoados te são os teus pecados.” Mateus 9:2. O fardo do pecado, com seu desassossego e desejos não satisfeitos, é o fundamento de sua doença. Não podem encontrar alívio enquanto não forem ter com o Médico da alma. A paz que tão-somente Ele pode comunicar restituiria vigor à mente e saúde do corpo.

O efeito produzido no povo pela cura do paralítico foi como se o céu se houvesse aberto e revelado as glórias do mundo melhor.

Grande regozijo houve na casa do paralítico quando ele voltou para a família, levando com facilidade o leito em que fora penosamente conduzido dentre eles, pouco antes. Reuniram-se ao seu redor com lágrimas de alegria, mal ousando crer no que seus olhos viam. Ele ali estava no pleno vigor da varonilidade. Aqueles braços que antes estavam sem vida, achavam-se agora prontos a obedecer-lhe à vontade. A carne antes encolhida e arroxeada era agora fresca e rosada. Ele caminhava com passo firme e desembaraçado. Alegria e esperança achavam-se impressos em cada traço de seu rosto; e uma expressão de pureza e paz havia tomado o lugar dos vestígios do pecado e do sofrimento. Alegres ações de graças subiram daquele lar, e Deus foi glorificado por meio de Seu Filho, que restituíra a esperança ao destituído dela, e força ao abatido. Esse homem e sua família estavam prontos a dar a vida por Jesus. Nenhuma dúvida ofuscava sua fé; nenhuma descrença lhes prejudicava a fidelidade para com Aquele que lhes trouxera luz ao ensombrado lar.

(Fonte: A ciência do Bom Viver)


http://saudeplenanamedicinadedeus.blogspot.com.br/

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